22/08/2023
Cotidiano

Com tipagem sanguínea rara, menino precisa de doadores especiais

Campanha visa aumentar número para identificar mais doadores compatíveis

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Vitor Gabriel Silveira tem 14 anos de idade, mora no Boqueirão em Guarapuava. Portador de anemia falciforme, uma doença genética e hereditária, caracteriza por uma alteração nos glóbulos vermelhos, o menino sente dores articulares, fadiga intensa. A doença causa também palidez; atraso no crescimento e pode provocar feridas nas pernas; vulnerabilidade a infecções; cálculos biliares, além de problemas neurológicos, cardiovasculares, pulmonares e renais; entre outras consequências. De acordo com dona Nathalia Silveira, mãe de Vitor, o adolescente possui dores de cabeça, fraqueza, dificuldade pra anadar porque enfraquece tudo. “Quando ele nasceu lá no hospital São Vicente e foi feito o teste do pezinho já descobriram essa doença. Na hora a gente leva um susto, mas depois entrega nas mãos de Deus”.

Embora não exista tratamento específico para a anemia falciforme, uma doença para a qual ainda não se conhece a cura.

Dona Nathalia Silveira, mãe de Vitor

Vitor Gabriel depende da solidariedade de poucas pessoas para ter qualidade de vida e amenizar o seu sofrimento. De acordo com dona Nathalia a transfusão de sangue é uma necessidade constante. Entretanto, o tipo sanguíneo de Vitor é raro: O+e-. De acordo com o farmacêutico-bioquímico do Hemocentro em Guarapuava, Roni Cássio Moreira, apenas 1% da população possui tipo sanguíneo compatível com Vitor e outros pacientes que são portadores da doença. “Em Guarapuava temos apenas cinco doares cadastrados”. Porém, de acordo com o farmacêutico, neste momento Vitor não precisa da transfusão, mas outras pessoas no Paraná estão necessitando. “A necessidade da transfusão é pontual. Quando o Vitor desenvolve uma infecção provoca a anemia e aí ele necessita, mas atendemos a Rede Hemepar para suprir necessidades em todo o Paraná”.

Farmacêutico-bioquímico do Hemocentro em Guarapuava, Roni Cássio Moreira                                                                             

CAMPANHA

O caso de Vitor chamou a atenção do médico Ian Saraiva, que atua em Guarapuava. Filiado ao Partido NOVO, que vem com uma proposta diferenciada e que preza pela solidariedade, Ian, com apoio da jornalista Taís Nichelle, foram até a casa do menino e decidiram iniciar a campanha de coleta de sangue. Essa ação solidária integra o movimento Desperta Já, um dos braços de atuação do partido. “Esse movimento visa despertar a cidadania nas pessoas por meio da vivência social em comunidade. Vamos promover ações de conscientização em prol do meio ambiente, de solidariedade, entre outros temas”.

Segundo Ian, a campanha de doação de sangue foi escolhida para iniciar o movimento no município por não depender de qualquer volume financeiro. “Depende apenas do gesto solidário das pessoas”.  Apenas 1,5% da população é doadora e em períodos de férias, principalmente, o número de doadores cai. “O Hemocentro de Guarapuava atende os municípios da região e, por isso, há a necessidade de se manter o banco de sangue em dia”.

Um vídeo foi produzido pela jornalista Taís Nichelle e pela Produza em apoio à campanha. Assista:

Cristina Esteche

Jornalista

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