Feliz Aniversário
As raízes de uma cidade muitas vezes se escondem nas páginas da história da vida dos primeiros habitantes e nas marcas deixadas ao longo dos séculos. Pinhão, é um desses lugares mergulhados de memórias que remontam ao nascimento como um pequeno povoado, traçando um caminho desde o século XVIII até os dias atuais.
Tudo começa com o Marco Régio, erguido em 1819 pelo Rei de Portugal, D. João VI, que delineou a extensão das terras em quatro sesmarias nos campos de Pinhão. O nome do município se derivou das exuberantes matas de pinheiro do Paraná, marcando não apenas o rio, mas também o local onde a história começou a ser escrita.
Esse território, inicialmente parte da sesmaria de Silvério Antonio de Oliveira, passou por doações, divisões e ocupações ao longo dos anos, tendo o ápice com a instalação oficial do Município de Pinhão, em 1965. A figura emblemática de Ozires Seiler Roriz assumindo como primeiro prefeito marcou o início de uma jornada administrativa e cultural para a cidade.
Pinhão tem a essência entrelaçada com as tradições e o legado dos povos indígenas Tupi-Guarani, que ocupavam a Região às margens do Rio Iguaçu. As primeiras expedições vindas da Baía de Paranaguá, em 1760, em busca de ouro e novos territórios, marcaram o início do processo colonizador.
A chegada de Afonso Botelho de Sampaio e Souza em 1782, fundando o Fortim de Nossa Senhora do Carmo, foi um marco no estabelecimento local. E em 1810, outra expedição colonizadora liderada pelo Tenente Coronel Diogo Pinto de Azevedo solidificou a presença humana nos Campos de Guarapuava, dando origem ao povoado de Atalaia.
Os pioneiros Silvério de Oliveira e Antonia Maria de Jesus deram origem à Fazenda Pinhão, que mais tarde emprestou o nome ao município. Em 1844, após a descoberta dos Campos de Palmas, Silvério doou a propriedade aos filhos, um passo fundamental na consolidação do local.
Com o tempo, outras famílias como as de Pedro Secundino da Silveira, Antônio Prestes da Rocha, Felisbino de Souza Bueno e o comerciante Job Azevedo se estabeleceram na área, fortalecendo e expandindo o povoado.
O caminho para a autonomia administrativa começou, e em 1951, Pinhão foi elevado à categoria de Distrito Administrativo. O passo definitivo rumo à independência municipal veio com a Lei Estadual nº 4.823, de 18 de fevereiro de 1964, que criou o Município de Pinhão, o desmembrando do território de Guarapuava, como explica o secretário de educação do município, João Maria de Camargo. “Foi a partir desse período que tivemos uma organização política, um desmembramento. Hoje, são 29.886 habitantes em um município muito extenso com 2.001,588 quilômetros em 59 anos de história e memória”.
Em 14 de março de 1965, foi oficialmente instalado, marcando um novo capítulo na história de crescimento. A jornada é contada também pelas famílias que moldaram a identidade do município. Nomes como Luís Dellê, Trifon Hanycz, Pedro Antonio de Carvalho e tantos outros se entrelaçam com o comércio, saúde, educação e contribuíram para a construção desta comunidade diversa e rica em tradições.

O município de Pinhão, sob a liderança do prefeito Valdecir Biasebetti, enfrentou desafios e alcançou avanços significativos nos últimos meses. Ele assumiu a prefeitura em março de 2023 e recorda o período desafiador no qual se encarregou da responsabilidade pela administração, mantendo um foco constante nas necessidades da população.
Ao longo do ano, Pinhão recebeu investimentos expressivos em urbanização e na recuperação de vias afetadas pelas chuvas, como pedras irregulares e estradas no interior. Entre os desafios enfrentados, esse é destacado por Biasibetti que ressalta a preocupação com as estradas e a locomoção dos moradores. Ele também destacou a importância da saúde preventiva, evidenciada pela ampliação e melhoria do pronto atendimento 24 horas, incluindo a implementação do SAMU.
A remodelação das avenidas centrais, como a Avenida Trifon Hanycz, é um dos grandes desafios e objetivos para a revitalização futura da cidade. “É uma proposta que temos, queremos remodelar e modificar toda a via, tudo isso pensando na organização e no bem-estar da população.”
Quando questionado sobre as festividades de final de ano e o aniversário de Pinhão, ele demonstra entusiasmo pelas atividades planejadas. A Praça Central será o palco de diversas atrações, como o programa “A Praça é Nossa”, proporcionando momentos de diversão e entretenimento para a população.

Pinhão tem sido palco de um movimento persistente nos últimos anos, que se mantém como parte da história do município. Historicamente, os posseiros estão presentes em processos de luta por terras, que pacificamente, ocupam terras sem o título legítimo de propriedade. Porém, há mais de trinta anos, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) faz parte da realidade da região, buscando a reforma agrária e a legitimação das terras ocupadas.
Lindair Fabrício Coito, presidente da Associação do Acampamento Nova Aliança, em Pinhão, é presidente da associação do acampamento. Ela relata que o objetivo da comunidade é trazer benefícios para os agricultores e assegurar a posse das terras para o cultivo e produção de alimentos, não apenas para consumo próprio, mas também como fonte de renda.
Embora exista a preocupação com possíveis reintegrações de posse, os posseiros mantêm negociações com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) na busca pela legitimidade de suas ocupações. Apesar das tensões e de casos de despejo em outras áreas, Lindair conta que o Acampamento Nova Aliança ainda não enfrentou problemas desse tipo, mantendo-se focado na conquista da reforma agrária e no fortalecimento das raízes locais.

O movimento representa um desejo profundo de permanência e de construção de um futuro em Pinhão. As famílias envolvidas têm raízes profundas na região e buscam a legitimidade das terras para que possam desenvolver a agricultura familiar e garantir a subsistência sem a necessidade de deixar o município, conta Lindair. “Porque a gente nasce e morre aqui no nosso município, porque a gente gosta. É de origem nossa, é nossa casa, então a nossa família está aqui”.
Ana Paula Siqueira, de 25 anos, também é participante do movimento e conta que o acampamento em que está foi ocupado em 2015. “Desde então, nós reivindicamos a terra, tanto para sustento, como para desenvolver uma agricultura familiar, que é um dos princípios da reforma agrária.”
Além disso, a produtividade dessas terras tem permitido que contribuam com a comunidade através de doações de alimentos orgânicos para a população vulnerável de outras Regiões, como Guarapuava, demonstrando um compromisso não só com suas próprias necessidades, mas também com o bem-estar de outras pessoas.

A Festa do Divino é uma celebração rica em história e tradição que remonta aos tempos da fundação da primeira igreja divina na Região. Com 71 anos de trajetória, a festa cresceu ao longo do tempo e se tornou uma parte essencial da comunidade. Durante os nove dias de novena, o evento se desenrola repleto de momentos de oração, seguidos por celebrações religiosas e festividades para todos participarem.
Givanildo da Maia, coordenador da comunicação da festa, conta que ela é uma experiência enraizada na fé e na união dos moradores. O costume é que no mês de junho, durante o Pentecostes, todos os dias os fiéis fazem novenas, que são seguidas por momentos de celebração, como churrasco e bingo. O momento atrai visitantes de diversas Regiões, inclusive do Rio Grande do Sul. E, o esperado, é que se torne cada vez mais reconhecida e conhecida dentro e fora do Paraná.
“É um momento que vai além dos aspectos religiosos, unindo a comunidade e envolvendo o comércio, instituições e escolas locais”. Cerca de 200 a 300 voluntários trabalham incansavelmente a cada noite para garantir a organização e execução perfeitas. Sem esquecer um detalhe importante, no domingo principal, ocorre uma alvorada festiva, seguida por uma missa em homenagem ao Divino.
Essa celebração, que mistura fé, tradição e cultura, é um momento especial que fortalece os laços comunitários e preserva valores essenciais para manter viva a cultura e tradição da Região.
FREI DOMINGOS
Recentemente, um espaço em homenagem ao Frei Domingos, um religioso que desempenhou um papel crucial na formação da igreja, foi criado para preservar objetos e memórias da época, sendo local para o público visitar.
Um pequeno grupo de músicos que se encontrava casualmente há mais de 10 anos, mudou uma geração da comunidade de Pinhão, e redirecionou a cultura do município. O Encontro dos Gaiteiros iniciou com poucos músicos tocando o instrumento nos bairros e chácaras locais, até que a paixão pela música gaúcha se tornou algo maior.
De acordo com um dos idealizadores do encontro, Ildefonso Nunes do Amaral de 70 anos – conhecido em Pinhão como Fonso Amaral – o propósito por trás dessa jornada musical vai além de uma simples performance. Fonso é proprietário de uma sapataria há quarenta anos, e a ligação com a música e a cultura gaúcha moldou a vida dele.
Tudo começou em meados de 2012, quando Fonso e outros componentes do grupo decidiram começar a levar a música gaúcha para localidades de Pinhão. Com o passar do tempo, a comunidade se agradou com o grupo, e o encontro tomou uma proporção maior no município. Conforme o histórico, o ponto de virada foi um encontro no CTG Pala Gaudério, em 2012.
A Associação dos Gaiteiros de Pinhão (Asgapi) busca oportunidades para os jovens da Região, oferecendo espaço e suporte para que possam se desenvolver no campo da música. Com mais de duzentos gaiteiros cadastrados, o projeto não conta com lucro, mas sim criar uma plataforma para que talentos locais possam ser descobertos e aprimorados.
Fonso relatou que os encontros cresceram e se tornaram uma entidade pública, recebendo apoio da assembleia do estado. Hoje, é considerado como um ponto cultural do sul do Paraná. Porém, a visão vai além de apenas entreter, ainda há planos de estabelecer uma escola de música na cidade para todos que desejam participar da associação.
Além disso, o grupo pretende adquirir uma sede própria para ampliar as atividades. Fonso conta que o foco é proporcionar um ambiente de aprendizado e compartilhamento de talentos, onde todos têm a liberdade de tocar o que desejam, sem competição. “Não é cobrado o repertório. Cada um toca tudo que quiser. Se eu tocar uma música e outro músico quiser tocar a mesma não tem problema nenhum. Nós fazemos o que gostamos.”

Pinhão, apesar de ser uma cidade de poucos habitantes – 29.886 pessoas – reserva alguns locais tradicionais para o entretenimento da população jovem do município. A vida noturna reflete um ambiente acolhedor e intimista, assim os moradores frequentemente se reúnem em alguns poucos locais, como bares, restaurantes ou casas de shows locais. No geral, a cidade é tranquila, com eventos esporádicos onde a comunidade local se encontra.
Débora Fabricio, de 27 anos, é moradora de Pinhão e é bem engajada com as “atualidades” da cidade. Ela conta que a casa de shows “Ls”, é um local onde algumas pessoas acabam se reunindo regularmente, mas que não atrai a maioria dos jovens.
No entanto, alguns lugares se destacam na cidade. “Aqui na cidade tem alguns barzinhos que são bem frequentados, como por exemplo, Skinão Mrs Maria, Altas Horas e o Hold Bar. O Hold já foi o principal ponto de encontro da galera. Atualmente um outro ponto que está sendo opção do pessoal aos finais de semana é a Parada Obrigatória, uma conveniência nova que tem o espaço externo bem grande e se tornou um ambiente legal para reunir os amigos, tomar cerveja ou drink e conversar”, informou Débora.
Além disso, há locais como a pizzaria Cozinha e o restaurante Hayet, ideais para lanches saborosos ou para uma refeição tranquila. Mas existe um ponto que se destaca no quesito novidade. “Entretanto o único lugar que sempre inova, traz novidades, pensa em algo fora da rotina é o Skinao Mrs Maria, que toda semana tem música ao vivo, volta e meia varia o gênero musical entre sertanejo e pop rock. Também já teve noite do karaokê e noite do Just Dance. Recentemente teve a primeira noite do stand up na cidade e foi nesse lugar, que aliás é o barzinho que tem as melhores opções de lanches da cidade também.”
Os locais mais frequentados do município agradam o público mais jovem, sendo uma ótima “saída” para encontrar os amigos e curtir a noite.

O associativismo se fortaleceu no município aniversariante durante os 37 anos da Associação Comercial e Empresarial de Pinhão (Aciap). Com 150 dedicados associados, os empresários de Pinhão testemunham a constante evolução desde a pequena origem até a conquista da sede própria da associação. Olivo José Deparis, atual presidente da Aciap, defende o ponto de vista sobre o espírito associativista dos pinhãoenses. “Então no associativismo, você tem que criar alternativas. Você tem que colaborar para solidificar e para ter resultado. A gente vem implantando essa semente de tempo em tempo. E hoje a classe empresarial do pinhão teve uma renovação.”
Com essa visão, a Aciap vem crescendo e se desenvolvendo em vários aspectos dentro do município. A construção do novo espaço social da associação, com capacidade para 500 pessoas, é uma vitória conquistada após anos de planejamento. Além disso, após o período pandêmico, a equipe da associação desencadeou mudanças com o uso da internet e das redes sociais, para catalisar novas estratégias comerciais.
Recentemente, a Aciap criou o Núcleo da Mulher para oferecer espaço e autonomia para as empreendedoras locais. Este projeto, conforme Olivo, se expande para além do comércio. “A empresa, hoje, está tendo uma parcela muito grande da parte feminina. Algum tempo atrás o setor era praticamente masculino. Então o núcleo vem justamente para valorizar a mulher empreendedora.”
A associação auxilia e apoia os comerciantes de Pinhão de várias formas. Uma delas é na questão de segurança pública. Olivo conta que a Aciap fez uma comissão entre associados e diretoria, para tratar da questão. Eles iniciaram um trabalho com estudo para saber qual seria a melhor forma de deixar a população de comerciantes mais segura. “O pessoal percebeu que nós não tínhamos em Pinhão o Conselho de Segurança Municipal (Conseg). Então iniciou um trabalho em cima desta causa. Uma das etapas foi trazer o Comandante da Polícia Militar (PM) que ajudou em uma solução.”
CAMPANHAS

A associação comercial faz diversas campanhas para apoiar os empresários de Pinhão, e para movimentar a economia do município. A campanha, como o ‘Black Holiday’ – que é uma liquidação no dia 15 de dezembro – fortalece o comércio local, atraindo não apenas clientes da cidade, mas também mantendo-os no município, estimulando o consumo nos estabelecimentos associados.
Já o ‘Natal Iluminado’, fruto da parceria entre várias entidades, inclusive a associação comercial, não só transforma a cidade num espetáculo festivo, mas também envolve os
empresários e moradores na decoração e valorização do município. Além de dar mais de R$ 10 mil em premiações para aqueles que decoraram a residência ou a empresa da forma mais criativa e brilhante. Neste ano, a Aciap também faz o ‘Natal Solidário’, onde 5% do valor será doado para uma entidade local, e os participantes concorrem a mais de R$ 40 mil em
vários prêmios.
Os regulamentos podem ser conferidos no site https://www.acepinhao.com.br/, ou pelo telefone (42) 3677-1520
Com terras férteis e muito produtivas, o município de Pinhão não comemora só o aniversário de 59 anos, mas também uma diversidade de cultivos, desde sementes de milho e feijão até produtos característicos da agricultura familiar, como mandioca, batata-doce, abóbora e uma variedade de frutas. A comunidade agrícola, não apenas enriquece a paisagem, mas também alimenta a economia e a identidade local.
O secretário da Agricultura, Rosmário Ramos dos Santos, aos 42 anos, compartilha uma visão abrangente sobre o Conselho de Desenvolvimento Rural no município de Pinhão. Ele relata sobre a importância dessa reunião que une associações rurais e a administração local, discutindo demandas não apenas agrícolas, mas também de outras áreas. “Eu tenho visto que o nosso município tem avançado bastante com relação ao Conselho de Desenvolvimento Rural, o Conder.”
Conforme o secretário, a diversidade agrícola local, desde sementes de milho e feijão até frutas e produtos da agricultura familiar, ressalta o apoio contínuo prestado pela Secretaria da Agricultura a pequenos agricultores. A visão do município foca no investimento no agricultor como forma de impulsionar o desenvolvimento em Pinhão, composto majoritariamente por atividades agrícolas.
João Paulo Pasternak, de 39 anos, é o presidente do Conselho Municipal da associação rural, participa de todas as reuniões para repassar as demandas dos agricultores rurais ao município. “Essas reuniões a gente faz sempre itinerante, nas comunidades do interior, para levantar as demandas lá que o pessoal tem, né, da dificuldade, da questão da agricultura, transporte, saúde, de modo geral no município. Isso é um incentivo às associações e aos pequenos agricultores de Pinhão.”
NOVOS CULTIVOS
Além da rica cultura que o município já vem cultivando nos últimos anos, em 2018 surgiu a ideia da plantação da erva-mate. Gisele de Padua entrou na secretaria de agricultura de Pinhão, e logo depois foi convidada a participar do novo projeto, que atraiu centenas de interessados no primeiro momento.
Após a ideia sair do papel e ganhar vida, apartir de sementes doadas, 35 mil mudas foram cultivadas. Um questionário eletrônico foi a base para doar 50 mudas a cada respondente, incentivando o engajamento com o projeto. Em seguida, a lei da erva-mate foi assinada em outubro, respaldando o programa. Atualmente, o programa distribuiu com quase 100 mil mudas e organizou 18 cursos no interior, além de adquirir 150 mil mudas para distribuir no próximo ano.
Paralelo a isto, uma nova lei, envolvendo o cultivo de pinhão, está em andamento. A intenção é fazer o consórcio dessas duas culturas, e expandir a renda dos agricultores. Embora a maioria da produção seja exportada, um desafio é conscientizar os produtores para garantir preços melhores e contribuir para a economia local. A Secretaria de Agricultura, através de programas como este, busca ampliar a renda dos produtores e, consequentemente, impulsionar a economia do município.
Pinhão é um município repleto de encantos naturais e culturais, oferecendo aos visitantes um espetáculo cênico incomparável. Suas cachoeiras, rios sinuosos e majestosos paredões de pedra compõem um cenário deslumbrante. As águas límpidas das cachoeiras e as represas são um convite aos visitantes. Trilhas em matas ricas de espécies locais, enquanto construções rurais e urbanas contam histórias de um passado rico em tradições.
Destaque para Faxinal do Céu, Vila da Copel, um enclave surpreendente a 28 quilômetros de Pinhão. O Horto Florestal, dentro de Faxinal, é um verdadeiro tesouro. O Pinheiro-do-Paraná, a emblemática árvore da região, preside essa paisagem que abriga desde a imponente Imbuia até a erva-mate, elementos fundamentais na história econômica do Paraná. Além disso, a localidade oferece uma cachoeira na propriedade do Sr. José Vilseu Grosco, conhecida como Cisseu, proporcionando uma experiência natural singular.

Os mirantes são convites à contemplação, enquanto os pesqueiros, áreas de camping e a riqueza dos rios e cachoeiras, como o Alagado e Usina de Foz do Areia, Alagado e Usina de Santa Clara, Rio Pinhão, Rio de Areia, Rio Iguaçu e Rio Jordão, oferecem oportunidades únicas de contato com a natureza. As tradições do povo, expressas na música, dança e cultura local, complementam a experiência, tornando Pinhão um destino turístico memorável.
Ainda é possível visitar alguns pontos tradicionais no município, para quem deseja uma boa acomodação em pousadas rurais, garantindo uma verdadeira imersão na cultura local. Os turistas e viajantes podem conhecer a Pousada do Paiol, Pousada do Madruga, Pousada do Jaime e Sítio Cobra D’Água, para aproveitar uma variedade de atividades ao ar livre.
Um santuário verde que exala vida, mistério e uma beleza que transcende a imaginação. Faxinal do Céu, distrito do município de Pinhão, é um verdadeiro convite à contemplação e à conexão com a natureza, que foi criado por volta de 49 anos atrás.
Em 1974, a Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) deu início à construção da Usina Hidrelétrica Governador Bento Munhoz da Rocha Netto, em Pinhão. A instalação ocupou uma área de 10 hectares para a preservação de mudas florestais, a fim de recuperar as áreas degradadas pela construção.
Enquanto o horto era desenvolvido, a Vila da Copel em Faxinal do Céu, que abrigava os trabalhadores da usina, também tomava forma. Osvaldo Verbanek de 53 anos, é diretor do Colégio Prof. Julio Moreira, e nasceu na localidade e mora até hoje na vila. Ele informou que desde os tempos em que o local era habitado por poucas famílias até a construção da usina hidrelétrica, houve uma transformação significativa na comunidade, com a chegada de pessoas de várias regiões em busca de oportunidades proporcionadas pela usina.
Porém, com o passar dos anos e com a conclusão da usina em 1979, muitas famílias partiram da comunidade, o que resultou em um declínio gradual da atividade e infraestrutura local. Osvaldo ainda explica que a usina tinha uma concessão. “Ela tinha um período de décadas que ela poderia explorar a energia elétrica, fazer todo o uso. E, dado o tempo, ela teria que não ser uma dona totalitária. Ela teria que vender.” Conforme o relato do diretor, a venda de lotes e a tentativa de revenda das casas antigas fizeram parte desse processo, mas o desafio estava na complexidade e no custo de remoção e reconstrução das estruturas de blocos únicos que compunham as residências da Vila da Copel.
Hoje, Osvaldo conta que existe o apelo dos moradores para uma maior preservação e valorização do patrimônio local. A grande esperança da comunidade que resiste no local, é que ocorra a venda do território, para que haja um suporte e manutenção, para manter a vila ativa na história de Pinhão.
PLANOS PARA O TERRITÓRIO
Olivo José Deparis, de 56 anos, é o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Pinhão (Aciap) e morador do município. Ele relatou que fez reuniões com o presidente da Copel, com o deputado Artagão, secretário de Turismo do Paraná e o secretário de Finanças do Estado para tratar sobre a situação de Faxinal do Céu.
Em discussão, foi dada a ideia pela associação comercial de fazer um polo da Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro) dentro da Vila da Copel, com cursos que pudessem ser aproveitados na área de preservação. “Temos uma capacidade de hidrografia muito grande. Com o início de um curso em Faxinal do Céu, poderíamos entrar com as atividades de pesca
ou engenharia ambiental”.
HORTO FLORESTAL
Rodeado por colinas, é um local de beleza e biodiversidade únicas. As trilhas do Horto Florestal de Faxinal do Céu revelam uma sinfonia de cores, aromas e sons, onde árvores imponentes, pássaros exóticos e flores compõem uma paisagem deslumbrante.
Conforme a Copel, além de árvores no local de preservação, a companhia inseriu frutíferas de clima temperado para fomentar o projeto de desenvolvimento agrícola, e plantas ornamentais nos canteiros de apoio à obra e vila residencial. Em 1978, o projeto já tinha 14 hectares e passou a ser um horto de produção de mudas florestais nativas, e novas espécies ornamentais exóticas de clima temperado. Nos anos 90, a área total ultrapassou 40 hectares, e em 2016 houve a inauguração do centro de recepção de visitantes. Hoje, a área total do parque é de
152 hectares.
No local, há espécies arbóreas caducifólias que proporcionam um belo efeito durante o outono, quando as folhas ficam com a coloração do amarelo ao rubro. Também existe uma grande coleção de plantas ornamentais floríferas com mais de 80 variedades que enriquecem a paisagem nos meses de agosto e setembro. Já sobre as espécies de plantas do hemisfério norte, se destacam as coníferas com mais de 100 variedades.
Com quatro anos de existência, a empresa oferece uma variedade de insumos, medicamentos e serviços
Referência quando o assunto é aluguel de trajes para datas especiais, a loja não oferece apenas vestidos deslumbrantes, mas também looks para crianças
A empresa é mais do que um restaurante: é um ambiente de inovação e sabor. Seja para o café da manhã, almoço, lanche ou jantar, a equipe sempre está pronta para surpreender
Tudo começou com um sonho que se tornou a história de uma loja que oferece ambiente acolhedor, variedade de marcas e atendimento personalizado
Priorizando sempre a qualidade e o atendimento diferenciado, Jeferson Doim que começou com a venda de bonés conquistou a clientela e, hoje com a loja, oferece uma variedade de produtos
Da infância à modernização, a trajetória de determinação de Crisleide Vanzzo transforma a
loja em um espaço de inspiração e variedade para todos os estilos e idades
informações de contato
De segunda à sexta (exceto feriados)
Horário de Atendimento: 08:00 às 12:00 – 13:30 às 17:30
(42) 3677-8400
Av. Trifon Hanycz, 220 - Centro, Pinhão - PR, 85170-000

EQUIPE RESPONSÁVEL
EQUIPE RESPONSÁVEL
Jornalismo: Anelize Marques e Sabrina Ferrari
Publicidade: Alana Bellan
Comercial: Silmara Aparecida Bochnia e Luiz Lopes
Desenvolvimento Web: Antunes Ramos
Direção: Cristina Esteche

A loja Yasmin Confecções completou 10 anos no município de Pinhão, oferecendo muitas opções de roupas masculinas, femininas e infantis, além de tecidos e aviação. Por isso, a proprietária por trás do negócio e uma mulher de determinação, Crisleide Vanzzo, de 37 anos, reviveu a história da loja que é um reflexo dos sonhos de infância.
Conforme a empreendedora, a loja era um sonho que parecia distante, mas que se materializou após decisões de Crisleide. “A loja foi um sonho desde criança. Eu sonhava com isso, pensava que teria que comprar uma calculadora, uma régua… Mas nunca imaginei que iria tornar realidade, porque a gente acha que é algo distante.”
Crisleide trabalhava em uma instituição financeira, mas nunca se sentiu pertencente àquele lugar. Decidiu então criar algo seu, algo que não fosse apenas um trabalho, mas um pedaço de sua paixão. Com o apoio dos pais e uma ajuda financeira inesperada, adquiriu a loja. Mas a história dela com a moda começou muito antes, desde os tempos em que era adolescente e dobrava roupas em outra loja no município. “Hoje sou apaixonada pelo que faço. Encontrei
na confecção uma realização pessoal.”
Modernização
Nos últimos seis meses, transformações significativas ocorreram no negócio de Crisleide. A loja passou por reformas internas e externas, ganhando uma nova fachada e estrutura, na rua Francisco Delle, 27. A modernização trouxe acessibilidade aos clientes e um ar contemporâneo, surpreendendo até mesmo a própria empresária.
A loja, repleta de novidades para o final do ano, oferece uma variedade incrível para todas as idades e gostos. Crisleide, exemplo de empreendedorismo feminino, vê na luta diária um símbolo de força para outras mulheres conciliarem maternidade, profissão e empreendedorismo. A empreendedora celebra não apenas os 10 anos da Loja Yasmin Confecções, mas também uma jornada de superação, transformação e inspiração para todas as mulheres que buscam realizar seus sonhos.


No Centro de Pinhão se encontra um espaço para noivas, madrinhas, debutantes, convidadas de eventos e formandas em busca do vestido perfeito. Ana Clara Locações é uma loja de aluguel de roupas que se tornou um ponto de referência para quem busca elegância e sofisticação no dia especial e a empresa carrega uma história que vai além das costuras e rendas.
Tudo começou quando a empreendedora Sirlene dos Santos Pio, apaixonada por vendas e uma mulher sonhadora, sentiu que era o momento certo para investir em algo próprio. Ela, que sempre gostou de trabalhar com comércio, descobriu que a antiga dona da loja estava vendendo a empresa de locações que já era parte da vida da comunidade por mais de três décadas.
Assim, viu a oportunidade de transformar o amor por noivas e vestidos em um negócio. “Sempre gostei muito de noivas, era meu sonho me casar assim, mas não tive a oportunidade. Agora, ajudo elas a realizarem os sonhos delas”, compartilha, com um brilho nos olhos que evidencia a paixão pelo que faz. No local além dos vestidos e ternos para adultos é possível encontrar aluguel de roupas para crianças, os trajes estão disponíveis no feminino e masculino.
Na Ana Clara Locações, o processo é mais do que simplesmente escolher um look. Os clientes são acolhidos pela empreendedora que auxilia nas provas, faz as reservas e ajustes. Localizada na Rua Francisco Delle, 55, também é possível entrar em contato pelo telefone (42) 9 8419-1739.
A data mais especial para você, pode ficar ainda melhor com a ajuda da Ana Clara Locações! Momentos inesquecíveis merecem vestidos inesquecíveis

Quando o assunto é a oferta de produtos agrícolas e veterinários na Região, a Agropinhão é destaque. Com um leque diversificado desde insumos agrícolas até serviços especializados como inseminação artificial e vacinas de brucelose, a empresa tem se consolidado sob a liderança dos proprietários Ezequiel e André.
Sob a supervisão técnica do médico veterinário Nilton José Krause (CRMV-PR 6102), a empresa conquistou confiança e reconhecimento ao longo dos quatro anos desde que foi inaugurada. Ezequiel também comenta sobre a seção de madeira da Agropinhão, explicando que os clientes podem solicitar materiais específicos, os quais são encomendados junto aos fornecedores para garantir a pronta-entrega.
A loja abre de segunda a sábado, sempre buscando atender às demandas da população. “Decidimos abrir a empresa porque percebemos que o mercado local carecia de uma loja veterinária. Com conhecimento na área e a amizade com profissionais do ramo, resolvemos unir forças e oferecer esses serviços, preenchendo essa lacuna que existia por aqui há algum tempo”.

Pensando em um look que segue as maiores tendências da moda? Prefere algo mais básico ou clássico? Está procurando um presente para o maridão? Tudo isso tem lugar certo: a Moda Cuti. A empresa trabalha com peças femininas e masculinas em Pinhão e tem a mente de Cristiane Terlesk e Ricardo Henrique por trás dessa loja que é um charme.
A ideia de abrir a Moda Cuti surgiu com a vontade de migrar de carreira e mergulhar nesse novo universo. “Inicialmente, a loja era voltada para moda infantil e adulta, mas no meio do caminho optamos por vender somente a linha adulta para poder otimizar o espaço. Mas à medida que a demanda por roupas cresceu, o foco se expandiu. O espaço anterior se tornou pequeno para o número de clientes e para o que a gente almejava”.
Desse modo, a ideia foi criar um novo projeto, totalmente voltado a oferecer uma experiência de compra diferenciada, com um ambiente amplo, aconchegante e sofisticado. Desde a entrada na empresa até os provadores, tudo é pensado para que os clientes se sintam em casa. A equipe treinada prioriza o atendimento e você pode escolher as peças com uma consultoria personalizada.
E quando o assunto é decoração: as paredes coloridas, os lustres diferentes e o bom gosto da escolha dos detalhes mostram a preocupação em oferecer o que há de mais moderno no mercado.
GRANDES NOMES DA MODA
A seleção de marcas é focada e variada, atendendo a diferentes estilos e necessidades. Com uma equipe treinada, a Moda Cuti busca proporcionar uma experiência marcante, se destacando quando o assunto são os looks, mas também pelo ambiente acolhedor, com cortinas de veludo, espaço climatizado e até um frigobar.
Na loja a inovação encontra o conforto, convidando todos os clientes a desfrutarem de uma experiência de compra moderna e acolhedora. Essa evolução, mesmo com o medo inicial, tem sido um sucesso. Além disso, atende todos os públicos, basta chegar e conhecer mais de pertinho. Afinal, trabalha com preço bom e qualidade!
Uma trajetória de lutas, superações e reinvenções define a história por trás da Hayet Lanches, um lugar que vai muito além das delícias culinárias. Samara Ataya, a empresária fundadora, dá uma aula quando o assunto é resiliência e paixão pela culinária.

“Quando cheguei ao Pinhão em 1990, não sabia eu que minha jornada seria uma montanha-russa. Sou brasileira, filha de libaneses, e meu ingresso no mundo empreendedor veio por meio de uma loja que meu pai abriu para nós. A partir daí, mergulhei no ramo de R$ 1,99 e dediquei 12 anos da minha vida a ele. Segunda após segunda, estava lá, até que um dia, perdi tudo”.

Mesmo em um momento em que não sabia qual rumo tomar, os sonhos falaram mais alto. Com coragem, Samara se reinventou. “Meu irmão sugeriu continuar no ramo, mas com produtos nacionais. Recomecei do zero, sem nada, e até passei por São Paulo. Mas combater os importados era difícil, os preços não batiam. Um dia, olhando a cidade, decidi abrir um shawarma, mas sabia que precisaria me adaptar a minha realidade”.
UM OLHAR EMPREENDEDOR
A persistência e a visão de negócios impulsionaram as ideias. “Trabalhei oito anos em um ponto estratégico. Quando surgiu a oportunidade, agarrei. Quebrei paredes, expandi minha cozinha. Cresci, abri clínica para minha filha, mas o desafio sempre me chamava”.
Com o tempo, ela descobriu novas oportunidades. “Estou aqui nesse ponto há três meses. Trabalhamos com café da manhã, almoço e agora vamos inovar com um buffet, oferecendo opções diversificadas. Sempre estou inovando, buscando agradar os clientes e fazer o melhor”.
Samara enfrentou desafios, como a falta de equipamentos adequados. Não tinha facas, o exaustor era de casa. Hoje, com investimento, tem estrutura, geladeiras, e pode oferecer uma variedade maior. “Sou uma pessoa batalhadora. Trabalho 18 horas por dia. A vida segue, as contas não esperam. Meu orgulho é ver meu esforço dando frutos. Foi fé e determinação que me trouxeram até aqui.”
Após inúmeras mudanças e um percurso de aprendizado, a Hayet Lanches não é apenas um restaurante: é um espaço onde a inovação e a paixão pela culinária se encontram. A equipe não apenas serve pratos saborosos, mas também cria uma experiência única para os clientes, mantendo um cardápio diversificado.

Já imaginou encontrar um local em que a tradição dos rodeios está impressa por todos os cantos? Na West Horse em Pinhão a equipe oferece vestuário adulto e infantil que abraça a essência country. Tudo começou de maneira inusitada, como conta o empresário Jeferson Doim. “Eu trabalhava em outros ramos, não tinha nada a ver com o country, mas sempre participei de rodeios e esse já era o meu estilo, o que eu me identificava”.
O empreendimento iniciou de forma tímida com a venda de bonés, até que o estímulo de um amigo mudou o rumo das coisas. “Ele me incentivou a abrir uma loja e tinha anos que não havia uma empresa com essa temática no município. Fiquei com receio, mas resolvi e, nossa, a inauguração bombou”.
Sobre o carro-chefe da West Horse? Jeferson conta que cada cliente busca algo diferente, por isso o intuito é atender a demanda. A empresa trabalha com camisetas, botas, fivelas, bonés, ervas, garrafas térmicas, cintos e equipamentos de selaria, entre outros produtos, e todos encantam o público da mesma forma. “Prezo pela qualidade, escolho bem os fornecedores e escuto o feedback dos clientes”.
ATENDIMENTO DE QUALIDADE
O atendimento é o coração do negócio. A loja se destaca por sempre buscar um diferencial nesse aspecto. “A nossa equipe estuda e se aprimora para ter um atendimento diferenciado. Não podemos parar no tempo, sempre buscamos melhorar”. A proximidade com a comunidade, proveniente da participação ativa nos rodeios, fortalece os laços e torna a empresa um sucesso.
A loja fica na Rua Francisco Dellê, no Centro, 27. Além disso, trabalha com envio de mercadorias para outras cidades. E, se você ainda não conhece, Jeferson e toda a equipe te convidam para visitar a West Horse.