Caso Robson: Para criminalistas, declaração de delegada foi ”precipitada”

Guarapuava – Criminalistas consultados pela ”Rede Sul” consideram ”precipitadas” as declarações da delegada Maria Niza Nanni, segundo a qual não existe "nexo" entre o acidente do jogador de futsal Robson Costa e o pedaço de madeira que desgrudou do piso do Ginásio de Esportes Joaquim Prestes.

O atleta do Deportivo passou por uma cirurgia que durou quatro horas e não resistiu a uma hemorragia e morreu na manhã de sábado (6). Uma lasca dde 45 centímetros de comprimento de dividiu em dois pedaçõs e um deles perfurou o intestino do jogador.

De acordo com o advogados consultados, principalmente em Curitiba, deve-se levar em consideração a questão ”previsibilidade”, ou seja, a possibilidade de prever o resultado da ação. Isso ocorre quando o agente, no caso, a Secretaria Municipal de Esportes, não prevê o resultado que podia prever. Em tese, os criminalistas contatados explicam que se pode estar diante de um caso de culpa inconsciente. E a este dá causa por imprudência, negligência ou imperícia.

"A ciência manda que se faça um laudo pericial antes de qualquer avaliação", afirmou um dos advogados. Mostras do piso do Joaquinzão foram recolhidas ontem e um perito de Curitiba, de acordo com a delegada, chegaria ontem mesmo para a perícia.
A mãe de um menino de Cascavel postou uma denúncia no blog http://magelanaarea.blogspot.com na tarde de ontem, segunda-feira, contando que seu filho, numa competição no Ginásio Municipal de Esportes Professor Joaquim Prestes, em outubro de 2008, foi atingido por uma lasca do piso que se soltou no mesmo lugar onde Robson se acidentou fatalmente. O menino, segundo a mãe, foi ferido na panturrilha.

Atletas que utilizam o Joaquinzão denunciam que no local onde a lasca do piso se soltou há goteiras há muito tempo, o que evidencia a possível falta de manutenção no ginásio que, segundo a Prefeitura, é considerado um dos melhores emais modernos do interior do Paraná.