Eros Grau e a Paris de hoje

O primeiro encontro deste ano do Projeto UniBrasil Futuro será realizado nesta terça-feira (20), às 19h30, tendo como convidado o escritor e ex-ministro do STF Eros Grau. Sua palestra terá como tema “O ofício de escritor e o Quartier Saint-Germain-des-Prés”, em que fala de Paris e de seu mais charmoso bairro, Saint-Germain-des-Prés, que é apresentado em detalhes.

Eros Grau foi ministro do Supremo Tribunal Federal e é autor de vários livros fundamentais na área de Direito Econômico. Começou há poucos anos uma carreira de romancista e cronista, já tendo lançado “O triângulo no ponto” e, agora “Paris, quartier Saint-Germain-des-Prés”. Sua palestra recebe o apoio da OAB, Escola Superior de Magistratura Federal – Esmafe, Associação Paranaense do Ministério Público e Academia Paranaense de Letras.

Confira entrevista concedida à Assessoria de Comunicação das Faculdades Integradas do Brasil – UniBrasil:

O senhor atingiu o ápice das profissões de advogado e de professor. O que teria a dizer aos jovens que hoje estudam Direito?
Eros Grau – Não é verdade que eu tenha "atingido o ápice das profissões de advogado e de professor", como se isso seja uma conquista minha. Quando menino, chegando do colégio com boas notas, meu pai simplesmente me dizia "não fez mais do que a obrigação". Aos jovens que hoje estudam Direito eu pediria apenas que não se deixem seduzir por teorias que propõem a substituição da garantia e certeza da lei pelos valores dos juízes. A legalidade é o último instrumento de defesa dos humildes.

Sua palestra será em torno do ofício de escritor e de seu livro em lançamento sobre o quartier Saint-Germain-des-Prés, em Paris. Como autor consagrado de livros de Direito, e do romance Triangulo no Ponto, o senhor não é novato nas letras. Qual a sua expectativa para o novo livro?
Eros Grau – Minha expectativa é de que o livro seja considerado interessante. Poderia ser outra?

Já se disse que Paris é o lugar para onde os bons americanos vão quando morrem. O senhor se identifica de algum modo com Hemingway, Henry Miller e Fitzgerald?
Eros Grau – Sou um aprendiz ao lado deles. Vivemos momentos diversos em Paris, mas sou capaz da ousadia de supor que seríamos amigos se fossemos contemporâneos.

O senhor já se manifestou várias vezes contra as transmissões por televisão das sessões do STF. Em nossos tempos midiáticos é possível, e desejável, preservar a privacidade de alguma instituição?
Eros Grau – É indispensável, para o bem da sociedade, que algumas instituições desempenhem seu ofício à margem de pressões e sem expansões midiáticas. A prestação jurisdicional é para ser administrada com prudência e recato

Da assessoria