Funcionário desvia R$ 7 milhões de empresa após achar falha em sistema

Após 15 dias de investigação, a Polícia Civil de Pato Branco, em conjunto com a polícia de Coronel Vivida, no sudoeste do Paraná, descobriu que um funcionário de uma empresa de sementes agrícolas desviou, durante cinco anos, mais de R$ 7 milhões. O homem, de 32 anos, estava há mais de 10 anos na empresa e exercia a função de auxiliar administrativo, com salário de aproximadamente R$ 1 mil. Nesta quinta-feira (07) foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão de veículos.

O furo nas finanças foi descoberto há alguns dias, depois que os proprietários da empresa fizeram um balanço e notaram que havia um rombo no caixa. De acordo com o delegado que cuida do caso Ivonei Oscar da Silva, as contas batiam no sistema de contabilidade, porém em caixa faltavam R$ 7 milhões. Os proprietários não perceberam o desvio ao longo dos anos.

O delegado contou que o funcionário descobriu uma falha no sistema contábil da empresa, onde ele subtraia cheques e falsificava as assinaturas. Ele conseguia manipular o sistema, fazendo parecer que o dinheiro estava no caixa. O auxiliar administrativo tinha propriedades, carros e dinheiro. “Ele dizia que havia ganhado uma herança, como de fato a mãe dele recebeu uma herança, mas eram três terreninhos em Chopinzinho”, relatou.

Segundo Silva, após os empresários solicitarem o apoio da polícia para desvendar o caso, o funcionário continuou trabalhando na empresa para poderem recuperar parte do dinheiro. “Nós pedimos para manter ele empregado para nós formalizarmos o pedido de busca e apreensão, bloqueio de bens, conta corrente, bens e imóveis, vários veículos, quebra de sigilo bancários. Tanto que conseguimos apreender oito veículos, bloqueamos uma das contas com R$ 1,4 milhões, além de uma mansão avaliada em R$ 1,5, um apartamento em Pato Branco e uma fazenda em Rondônia.

Além dos oito veículos apreendidos, a polícia continua na busca de outros bens e que estejam em nomes de terceiros. O homem será indiciado e interrogado e, em seguida, poderá ser feita a solicitação de prisão preventiva dele.