Guarapuavano ignora “Dia mundial sem carro”

O guarapuavano ignora o Dia Mundial sem carro e saiu de casa motorizado nesta quarta-feira (22). Motoristas contatados pela RSN dizem que desconheciam a data e reclamam da falta de uma campanha de conscientização.

"Eu nem sabia que existia esse dia, embora o carro seja de suma importância para minha locomoção. Abri mão mesmo que seja um único dia causa transtorno na minha vida. Eu e minha mulher trabalhamos no centro da cidade. Moramos no Bairro Santana. Na hora do almoço trazemos nossos dois filhos para a escola. Já imaginou fazer tudo isso a pé ou de ônibus. Não dá", disse o comerciário Celso Luiz do Amaral.

Já a acadêmica de Direito Patrícia Soares Albuquerque disse que soubesse da data deixaria o carro em casa. "Viria de bicicleta sem nenhum problema. Falta uma ação por parte dos órgãos competentes, incluindo a Prefeitura que deveria promover caminhadas, passeios de bicicleta, frequentemente", observa.

Em Guarapuava, segundo dados de agosto deste ano, estão em circulação 66.895 veículos. A informação é da 6° Ciretran.

No Brasil, de acordo com dados de 2010 do Denatran, existem 35 milhões de automóveis no país. A cidade de São Paulo é líder com a estatística de um carro por dois habitantes. Se você acha muito, nos Estados Unidos esse número é 1,3 habitante por carro, na Itália 1,5 habitante/carro e no Japão, Espanha, Canadá e Alemanha 1,7 habitante/carro. 

O DIA

O Dia Mundial Sem Carro, 22 de  setembro, surgiu na França, no final da década de 90, e chegou ao Brasil em 2001. De lá para cá, a cada ano aumenta a adesão de cidades brasileiras. As prefeituras são parceiras  promovendo  passeios de bicicleta ou caminhadas como ações de conscientização para o uso racional dos automóveis e de estímulo a formas mais sustentáveis de mobilidade.
O principal motivo da celebração é diminuir a quantidade de carros individuais nas cidades, evitando grandes congestionamentos, poluição do ar e sonora, isolamento urbano, acidentes fatais, problemas de saúde, alto consumo de combustíveis fósseis, gastos aos cofres públicos, queda de produtividade e redução da qualidade de vida.