Juiz da Lava Jato é afastado; Dallagnol e Moro comemoram

Juiz Eduardo Appio (Foto: Reprodução/Redes sociais)

A Corte Especial Administrativa do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) determinou o afastamento temporário do juiz Eduardo Appio, novo juiz da ‘Lava Jato’. Ele atua na 13ª Vara Federal de Curitiba. A decisão ocorreu nessa segunda (22). De acordo com os autos, o julgamento teve como base um processo na Corregedoria Regional.

A ação investiga suposta responsabilidade de Appio sobre acesso a um número de telefone, que teria utilizado para ameaçar supostamente, o filho do desembargador federal Marcelo Malucelli. Vale lembrar que o desembargador se envolveu no caso do advogado Tacla Duran. Este é o ex-advogado de defesa da antiga Odebrecht. A empreiteira acusa Moro e Deltan de agirem ilegalmente.

Já, João Maluceli, o filho do desembargador, é sócio do escritório Wolff Moro, em Curitiba. A deputada Rosângela Moro e o senador Sergio Moro constam também como sócios desse escritório. De acordo com a imprensa nacional, o caso estava sob sigilo. Entretanto, após a decisão o TRF-4 decidiu dar publicidade ao caso.

COMEMORARAM

Assim sendo, o juiz terá 15 dias para apresentar defesa prévia. Após a decisão vir a público, Dallagnol e Moro comemoraram a decisão. Dallagnol chamou Appio de juiz militante, conforme postagem em rede social.  “O TRF-4 acaba de afastar o juiz militante “LUL22” da Lava Jato. O Tribunal descobriu que a ligação com ameaças feita ao filho do desembargador Marcelo Malucelli foi feita por Appio – conduta absolutamente inacreditável por parte de um juiz federal, capaz de gerar demissão”.

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Também nas redes sociais, Moro escreveu: “Nunca tinha ouvido falar, na história judiciária brasileira, de um caso no qual o juiz de um processo teria ligado ao filho de um desembargador, que revisava suas sentenças, fingindo ser uma terceira pessoa para colher dados pessoais e fazer ameaças pessoais e fazer ameaças veladas. Realmente…”

Por fim, em entrevista ao Uol, o juiz disse que está “tranquilo” e que acredita que o caso “será revertido em Brasília”.

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