Juiz remarca audiências da Operação Fantasma para 2016; MP recorre

O Ministério Público de Guarapuava está impetrando recurso nesta sexta feira (24) contra  despacho do juiz da 2ª Vara Criminal Nestário Queiroz. Uma audiência com envolvidos na Operação Fantasma estava marcada para a quarta feira (22), como o juiz encontra-se em férias, ele redesignou para setembro de 2016, portanto,  cinco anos após a oferta da denúncia feita em setembro de 2011. O Ministério Público recorreu e pede que a audiência aconteça até o primeiro semestre deste ano.

A Operação Fantasma deflagrada pelo Ministério Público envolveu o ex-presidente da Câmara de Vereadores de Guarapuava, Admir Strechar, outros cinco vereadores – João Napoleão, o único reeleito, Tiago Cordova, Sadi Federle, Fernando Alberto dos Santos e Hamilton Carlos de Lima –  e 17 funcionários que são acusados de, na época, “rachar” o salário com os envolvidos.

De acordo com o promotor do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), responsável pelas investigações, Vitor Hugo Honesko, a nova data da audiência é favorável aos réus primários envolvidos no esquema. “Se um dos envolvidos for réu primário e for condenado a dois anos, que é pena mínima para quem comete peculato, ou quem pegar oito anos de reclusão nessa mesma condição, será beneficiado porque o crime prescreve em quatro anos a partir do recebimento da denúncia que aconteceu em fevereiro de 2012”. Isso significa que se for mantida  a nova data designada por Nestário, muitos crimes cometidos na Operação Fantasma estarão prescritos antes da audiência acontecer. “A pena deixará de existir numa situação em que já houve julgamento (Strechar). Por que um é julgado e outros não?”, questiona o promotor.