“Não volto para ser coadjuvante”, diz Cesar Filho, agora no PP

Cerca de 10 anos após ter disputado uma eleição, o ex-prefeito de Guarapuava, Cesar Silvestri Filho (PP) está de volta. A última candidatura dele, conforme a Justiça Eleitoral, ocorreu em 2016, quando houve a reeleição a prefeito. Pré-candidato a deputado estadual nas eleições de 2026, ele retorna afirmando que está mais maduro, mais preparado e com menos ilusões sobre a política partidária.

Cesar Filho e Cristina Esteche (Foto: Nana Felchak/RSN)

Em entrevista ao Portal RSN, Cesar Filho falou abertamente sobre a decepção com o PSDB. Também abordou o ambiente competitivo dentro do Progressistas e a disposição para enfrentar os desafios internos do partido.

Voltar à Assembleia é um movimento natural. Nesse tempo em que estive fora, nunca deixei de fazer política. Fui prefeito reeleito, tomei decisões importantes para Guarapuava.

Após deixar a administração municipal, de acordo com o pré-candidato, ele participou de processos eleitorais como a candidatura do ex-prefeito Celso Góes. “Hoje volto com mais clareza sobre o que o Paraná precisa e mais experiência prática para propor soluções”.

Cesar Filho relembrou que, nos últimos anos, foi pré-candidato a governador, mas que as articulações internas do Partido Social Democrata Brasileiro (PSDB), antigo partido dele, minaram qualquer chance de avanço. “Faltou coragem, liderança e capacidade de articulação. Foi frustrante. Isso me desmotivou”.

Agora no PP, ele se diz motivado justamente pelos desafios internos.

O partido é forte, tem nomes com musculatura, e isso é bom. Gosto do embate, gosto de disputar. Não estou aqui para ser coadjuvante. Confio na articulação do Ricardo Barros, que tem visão política e sabe posicionar o partido em todas as esferas.

Em relação a ‘dobradinha’ com Cristina Silvestri (PP) ele diz que se trata de coincidência de momentos. “É mais uma convergência de projetos. Não se trata de plano familiar. Meu foco é regional, é o interior do estado, onde sei que posso contribuir com propostas reais.”

Sobre a derrota à reeleição de Celso Góes, sucessor dele na prefeitura de Guarapuava e apoiado por ele, Cesar Filho reconhece que houve um desgaste, mas relativiza.

A política é feita de ciclos. Às vezes, a continuidade sofre rejeição mesmo com avanços. Isso precisa ser respeitado.

Ao tratar do cenário estadual, Cesar Filho foi direto. Caso Alexandre Curi (PSD) seja o nome escolhido por Ratinho Junior para disputar o governo, ele estará com Curi. De acordo com o ex-prefeito, essa decisão deve ocorrer mesmo com Sérgio Moro (União Brasil) se colocando como pré-candidato pela federação da qual o PP partido faz parte.

Tenho lado. E meu lado é o projeto do Paraná, não o arranjo nacional. Moro tem projeção, claro, mas precisamos de quem conhece o estado e sabe governar com os pés no chão. Curi tem esse perfil.

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