Pequeno aposta na produção de morango

Cristina Esteche

Quem desce a Serra do Jordão, em Guarapuava, logo após o trilho do trem, à direita, pode observar no alto grandes hortas de verduras e legumes. São de propriedade de pequenos produtores que extraem o sustento das lidas na terra.

Uma das atividades que está gerando lucratividade é a produção de morango hidropônico, que vem ganhando espaço pelas mãos do jovem Diego Francisco Szendela, de 25 anos.

De acordo com a Secretaria Municipal de Comunicação (Secom), incentivado pela Secretaria Municipal de Agricultura, que desenvolve o programa Vida Rural, Diego, que já produzia hortaliças, apostou na produção do morango hidropônico.

“Com o incentivo da Agricultura começamos do zero, e por  mais que sentíssemos um pouco de medo no início, todo nosso investimento está sendo recompensado, pois a demanda é bem grande.”

Diego e o pai investiram R$ 12 mil para montar a estufa e comprar três mil mudas de morango. Hoje a produção é de cerca de 55 quilos do fruto por semana, colocada no mercado de Guarapuava. Na estufa trabalha ele, o pai, a mãe e a esposa Jéssica.

Assim como Diego outros pequenos agricultores apostam na atividade frutífera plantando amora, mirtilo (blueberry) e fisális, todos desenvolvidos pela Agricultura. “Incentivamos todas as atividades que contribuem com a melhoria da das famílias e, por consequência, sua qualidade de vida”, enfatiza o secretário Itacir Vezzaro. Segundo Itacir, o projeto tem a parceria do Emater.

Para o agrônomo da Secretaria da Agricultura, Márcio Moraes quem investe no morango semi hidropônico tem a certeza de um fruto mais limpo e de qualidade, mesmo sem a utilização de nenhum tipo de agrotóxico. Esse processo é diferente da produção convencional, ou seja, diretamente no solo. “A plantação do morango semi- hidropônico ocupa um espaço pequeno, podendo produzir em grande quantidade. São oito plantas por metro quadrado. Esse sistema de produção pode ser utilizado por três anos. Nesse período não precisa fazer a rotação, como acontece no chão, por causa das doenças”.