Projeto de reflorestamento visa a região do centro-expandido do Paraná

Guarapuava – Durante a primeira audiência do Colegiado de Julgamento de Infrações Administrativas Ambientais, realizado na câmara de vereadores de Guarapuava nessa sexta-feira, dia 7 de agosto, estiveram presentes várias autoridades municipais e estaduais, dentre elas encontrava-se também o Sr. Nivaldo Krüger (foto) Secretario Especial de Desenvolvimento Florestal do Estado que está trabalhando atualmente para realização do projeto de reflorestamento no centro-expandido do Paraná. O projeto que compreende desde o sul do estado, às margens do Iguaçu, até o norte pioneiro irá cria uma linha de crédito especial para que pequenos proprietários de terra (com menos de 50 hectares) possam investir em reflorestamento de vários tipos de árvores, desde madeiras energéticas como o eucalipto e a bracatinga, como madeiras para indústria (pinus e a araucária), além de outras com ciclo mais longo de corte, principalmente o cedro.

A região do centro-expandido, que já foi a porção mais rica do estado, hoje é a que apresenta o menor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Por isso o projeto que pretende ser estendido a todo o estado está sendo implantado inicialmente nessa região que engloba 125 municípios, onde vivem 3,2 milhões de habitantes O orçamento total do projeto será de 800 milhões e serão pagos 50 milhões por ano aos proprietários que reflorestarão áreas de 1 a 10 hectares. Os recursos serão aplicados na própria localidade pelas cooperativas, pelos sindicatos rurais e pelas prefeituras, serão eles quem encaminharão os pretendentes com o projeto para o banco.

Segundo o Secretário Nivaldo Krüger o rendimento de cada hectare dedicada a agricultura comum rende ao longo de 16 anos entre 12 e 15 mil reais. Se a mesma área for reflorestada o retorno financeiro é muito maior, cerca de 40 mil reais. “É um negócio muito rentável, mais do que qualquer outra lavoura, além de que a árvore embeleza a paisagem, melhora o solo, protege as fontes de água, purifica o ar e cria um fundo importante de sobrevivência e economia para as pessoas que investem por esse caminho.”

Nivaldo Krüger lembrou também que o Paraná é o estado brasileiro mais propício para o crescimento das árvores. No Chile concorrente direto do Brasil na exportação de madeira a árvore é cortada com 35 anos, enquanto no Paraná precisa apenas de 16 anos. As árvores começarão a serem plantadas no final do mês de setembro deste ano, quando inicia a primavera.

Por Júlio Stanczyk