Trabalhadores cruzam os braços e população fica sem transporte coletivo

Trabalhadores cruzam os braços e população fica sem transporte coletivo (Foto: Ascom/Pérola do Oeste)

Diferente do anunciado pela empresa Pérola do Oeste no começo da noite dessa segunda (13), que o transporte coletivo teria circulação limitada da frota nesta terça (14), a população de Guarapuava amanheceu sem ônibus.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Guarapuava, os funcionários da empresa cruzaram os braços e decidiram não sair com a frota de ônibus da garagem. Em entrevista ao Portal RSN, o presidente do Sindicato, Valdemar Ribeiro do Nascimento afirmou que recebeu a escala de trabalho, mas estava errada. E que até agora, não recebeu a escala feita pela empresa com a Setran. Assim, os trabalhadores tomaram a decisão de adotar a greve.

Viemos para cá [garagem] com a liminar [da Pérola do Oeste] que eles nos mandaram e colocamos para o trabalhador às 6h da manhã. E eles resolveram não sair da garagem, então não teve ônibus. Foi uma decisão dos trabalhadores, não do Sindicato, que está apenas prestando assessoria. A decisão é deles de cruzar os braços e não teve nenhum ônibus que saiu, todos estão na garagem. 

Dessa forma, quem saiu cedo para aguardar o ônibus no ponto, precisou encontrar uma alternativa de transporte. A assessoria de imprensa da Pérola do Oeste informou que a decisão de parar 100%, foi uma surpresa.

A empresa estava preparada para operar, conforme decisão liminar e se surpreendeu com a paralisação geral, tanto quanto a população. Agora está tomando as providências internas, abrindo sindicância para averiguar quem são os responsáveis pelo descumprimento da ordem judicial e entrando com dissídio coletivo.

Além disso, a assessoria da empresa também declarou que na tarde de ontem (13), houve uma reunião entre a Secretaria de Trânsito e Transportes (Setran) e a empresa Pérola do Oeste para decidir quais linhas de ônibus iriam funcionar hoje.

Pela manhã, ao saber da paralisação total que descumpre uma liminar judicial, a Setran encaminhou todas as informações para a Procuradoria do Município, que deve tomar as medidas necessárias. Por fim, o Sindicato da categoria pede reposição salarial de 11,08%.

Contudo a empresa Pérola do Oeste informou anteriormente que não pode conceder esse percentual. Mas afirmou que já havia proposto o valor de 7%, não aceito em assembleia da categoria. Conforme as informações apuradas pelo Portal RSN, não há previsão para uma nova reunião de negociação entre as partes.

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