Único hospital de Pitanga acumula R$ 3,5 milhões em dívidas

A sociedade de Pitanga se une para evitar o corte de atividades e, em último caso, o fechamento do Hospital São Vicente, o primeiro e único do município. Criado há cerca de 70 anos pela Igreja Católica, o hospital de caridade enfrenta grave problema financeiro com um déficit mensal que gira em torno de R$ 70 mil a R$ 80 mil. De acordo com o agente financeiro da entidade, Valdecir Bósio, os débitos somam R$ 3,5 milhões. Com uma dívida junto ao Governo Federal e já negociada pelo REFIS (Programa de Recuperação Fiscal). No valor de R$ 1,3 milhão, o hospital paga parcelas de R$ 3 mil ao mês. “Não é essa dívida que agrava o problema, mas aquelas contraídas  junto a instituições financeiras e que nos custam R$ 35 mil por mês”, diz Bósio. Foram abertas contas em vários bancos e  houve a utilização dos limites de cheques especiais, provocando o descontrole das dívidas que somam R$ 800 mil.

Com 91 leitos, a maioria do SUS (Sistema Único de Saúde), já que apenas seis leitos são reservados para pacientes de convênios e particulares, o hospital passa pela troca de diretoria depois que  uma  auditoria apontou  irregularidades na gestão do hospital.

De acordo com o provedor, padre Paulo Fernando Francini, para evitar uma medida drástica que pode levar ao fechamento do hospital, o que provocaria um caos ainda maior no sistema de aúde da região, principalmente, de Guarapuava, um plano de ação está sendo elaborado. “Teremos uma reunião na segunda feira (09) com entidades, Prefeitura, Câmara, e a sociedade civil organizada para o lançamento dessa ação que visa arrecadar R$ 1 milhão. Já temos 100% de adesão’.

 “Se o hospital fechar, com certeza vai virar um caos na região central do Paraná”, desabafou o diretor clínico do São Vicente de Paulo, Jair Luis Mazieiro.