Da Redação
Agentes de trânsito concursados pela Companhia de Serviços de Urbanização de Guarapuava (Surg) vão continuar trabalhando normalmente, apesar do Ministério Público recomendar a anulação do concurso, a exoneração dos contratados e a interrupção da cobrança do EstaR. De acordo com o diretor presidente da Surg, Fernando Damiani, uma conversa entre a promotora Carolina Chiamulera e o prefeito Cesar Silvestri Filho, há cerca de 15 dias, estipulou um prazo de 60 dias para que a Surg e a Prefeitura apresentem defesa.
A polêmica foi motivada pelo entendimento do MP em relação ao concurso público realizado pela Surg para a contratação de agentes. O MP entende que por se tratar de uma empresa de economia mista e administração indireta, a Surg não poderia realizar o concurso e atribui essa função à Secetaria Municipal de Trânsito (Setran) e por isso, recomenda a anulação do concurso, a exoneração das contratadas e a vedação da cobrança do EstaR. As procuradorias da Prefeitura e da Surg asseguram que o procedimento é legal e foi embasado em exemplos de cidades comoCuritiba, Londrina, São Paulo e Ribeiro Preto, onde o concurso foi realizado por empresas de economia mista. “Temos um bom relacionamento com o Ministério Público e temos conversado com a promotora. Além do mais temos jurisprudência”. Segundo Damiani, o Departamento de Trânsito de Guarapuava (Guaratran), é responsável pelo trânsito da cidade há cerca de 13 anos e “sempre foi assim”. Por isso, como a Setran só existe no papel – não possui efetivo e nem dotação orçamentária – passando a estar ligada à Secretaria Municipal de Obras, foi firmado um Termo de Cooperação Técnica entre a Secretaria e a Surg para que a empresa gerencie o trânsito em Guarapuava. “Caso o MP entenda que devemos anular o concurso, após a nossa defesa, isso será feito”, diz Damiani.
De acordo com Damiani, a área central da cidade possui 1.610 vagas do EstaR.