* Da Redação
Os 1,1 milhão de alunos da rede estadual de ensino estão passando pela avaliação nutricional feita anualmente pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Todos os estudantes da rede passam pela avaliação antropométrica. As medições de peso e altura começaram no dia 1º de outubro e seguem até o final do mês.
Outros dados referentes às necessidades alimentares especiais, como diabetes, intolerância à lactose e ao glúten também são informados pelas escolas. “A intenção é que todos os alunos da rede estadual passem por essa avaliação. Essas informações são inseridas no sistema para que possamos fazer o planejamento de ações de educação alimentar nas escolas”, afirmou Márcia Stolarski, diretora de Infraestrutura e Logística da Secretaria da Educação.
Atualmente, a merenda oferecida nas escolas estaduais é composta por mais de 150 alimentos diferentes, sendo que 50% são provenientes da agricultura familiar. “A alimentação na escola é muito saudável. Muitas vezes os alunos provam pela primeira vez alguns alimentos na unidade em que estudam. Hoje a escola faz educação alimentar, por meio da alimentação escolar, e promove hábitos saudáveis que os estudantes levam para casa”, disse Márcia Stolarski.
O Programa Estadual de Alimentação Escolar do Paraná determina que a merenda das escolas tenha um cardápio diversificado e que ofereça os nutrientes necessários para o desenvolvimento dos alunos. São três tipos de entrega de merenda que chegam até as escolas. Os alimentos perecíveis, como arroz, feijão, açúcar e biscoitos, são entregues em quatro grandes remessas por ano.
A cada 15 dias as escolas também recebem alimentos congelados, como carnes e peixes. Além disso, toda semana os estabelecimentos de ensino recebem produtos da agricultura familiar que também compõem a merenda escolar. Essa variedade de produtos torna a alimentação ainda mais saborosa nas escolas.
Os hábitos saudáveis já fazem parte da rotina de alimentação da aluna Larissa de Freitas Pavarin, 11 anos, da 6ª série do Colégio Estadual Júlia Wanderley. “Sempre como na escola. Eles servem frutas, legumes, arroz, feijão, carne. A merenda é bem gostosa. A professora diz que comer frutas e legumes faz a gente ficar mais forte e saudável. Minha mãe me faz comer bastante fruta também”, afirmou Larissa, que estava com 39,20 quilos e 1,46 metro na avaliação nutricional que fez. Todos os alunos da 6ª série do Júlia Wanderley passaram pela avaliação na última sexta feira (9).
DADOS
A avaliação nutricional geral do Estado em 2014 registrou que 69,2% dos alunos estão dentro da normalidade, 2,4% estão com magreza, 18,8% com sobrepeso e 9,6% com obesidade.
A partir deste ano, o Sistema Estadual de Registro Escolar (Sere) gerará relatórios com o resultado da classificação nutricional por escola, de acordo com o Índice de Massa Corporal (IMC): obesidade, sobrepeso, normalidade e magreza, bem como o consolidado de necessidades alimentares especiais.
A proposta da equipe de nutrição da Secretaria da Educação é que as escolas utilizem estes dados como referência no desenvolvimento de projetos de promoção à alimentação saudável e prática de atividades físicas, contribuindo assim na melhoria desses indicadores.