Acadêmicas entregam fotos para Funai

Por Naiara Persegona

Guarapuava – A Unicentro recebeu, durante os dias 28 de julho e 14 de agosto, uma exposição fotográfica intitulada “Riqueza Nativa”, com fotos de duas comunidades indígenas da região, mais especificamente, das aldeias Marrecas, tribo Kaigang, e Rio D’areia, tribo Guarani.

O projeto é uma parceria entre as acadêmicas Isabela Lessak, Nádia Moccelin, Naiara Persegona e Priscila Schran, do 4º ano de Jornalismo da Unicentro, e a Funai (Fundação Nacional do Índio) para a disciplina de Comunicação Organizacional. A ideia era que as alunas auxiliassem a instituição com práticas da comunicação e depois apresentassem um produto que foi realizado a partir dessa parceria. 
O principal pedido da Funai, quando contatada, foi o de mudar o olhar que as pessoas tem sobre o índio na região de Guarapuava. E, para isso, as alunas entenderam que seria necessário visitar comunidades indígenas para fotografar e entrevistar os índios. Foram tiradas centenas de fotos, mas para a exposição apenas 40 foram selecionadas. 
Conforme Isabela Lessak, uma das integrantes do grupo, esse trabalho contribuiu muito para a formação em Jornalismo. “Foi um grande passo para entender o poder da comunicação e a sua capacidade social de transformar. Tentamos aliar o que a gente aprendeu na graduação com o produto que a Funai queria. Ficamos muito contentes com o resultado e com a exposição”, conta. 

As fotos foram entregues para a Funai no dia 27 de outubro, a equipe agradeceu a parceria com a Unicentro, e disse que pretende revelar mais algumas fotos que foram cedidas pelas acadêmicas e, com elas, montar outras exposições. A equipe também lembrou a importância desse trabalho para a fundação da região. "A divulgação desse material sobre as culturas, Guarani e Kaigang, é de grande valia para a comunidade não índigena, para que eles saibam, que os povos índigenas do estado do Paraná, preservam seus conhecimentos de gerações, sem perder a identidade de ser o que são e, também, para que lutem para que não sejam excluídos da sociedade", concluiu o índigenista da Funai, Alvaci Ribeiro.