Jonas Laskouski com Gazeta do Povo
O novo James Bond é generoso com os fãs mais antigos da franquia. Quarto título de uma sequência que procurou modernizar a personagem com uma versão mais pragmática do espião, interpretada por Daniel Craig, "007 Contra Spectre" não falha em reunir o que importa: ação arrebatadora, imagens deslumbrantes, mulheres lindas e velhas tiradas.
Neste longa, Bond combate uma organização perversa enquanto o programa que o abriga no serviço secreto britânico, o "00", é ameaçado por novas políticas de segurança nacional. A entidade criminosa chama-se Spectre – nome já conhecido pelos fãs dos livros e filmes do 007, assim como líder, Ernst Blofeld.
O vilãoo, um dos mais conhecidos do universo de James Bond, é vivido por Christopher Waltz – brilhante ator austríaco (ganhador de um Oscar e conhecido do público através de filmes do Tarantino) que imprime um cinismo que sempre funciona.
"Spectre" começa extraordinário, inserindo elementos intrigantes como a festa do Dia de Los Muertos no admirável plano-sequência que inicia o filme, no México. Mas as fórmulas repetitivas dos filmes do gênero prevalecem, e o que há de mais interessante acaba sendo pouco explorado – inclui-se aí a curta participação da italiana Monica Bellucci como uma das "Bond girls". A principal dessa vez é a francesa Lea Seydoux. Vale destacar também a canção-tema, que está na voz deliciosa de Sam Smith.
DESEMPENHO
"007 Contra Spectre" dobrou o desempenho de "Operação Skyfall" (2012) no Reino Unido, batendo o recordista de bilheteria anterior, "Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban" (2004).
Apesar do sucessor da franquia, não está claro se Daniel Craig viverá novamente o espião, que já foi vivido por Sean Connery, George Lazenby, Roger Moore, Timothy Dalton e Pierce Brosnan.
Craig não se mostrou muito simpático à ideia: disse que preferiria cortar os pulsos. Já está valendo especular quem vai ser o próximo.