Rasca Rodrigues é o convidado

Da Redação, com assessoria

Curitiba – O deputado Rasca Rodrigues (PV) é canceriano e atribui muitos traços de sua personalidade a influência do signo. Um deles, que considera um defeito, é o sarcasmo.

É de origem espanhola, mais especificamente da Andaluzia, região vizinha a da Mancha, terra de Don Quixote, o que pode explicar certa semelhança com o personagem de Cervantes, que muitos identificam no deputado verde.

Rasca esclarece que sua origem remonta aos invasores vândalos (uma tribo germânica que penetrou no Império Romano durante o Século V e era muito destrutiva e desordeira, o que resultou na transformação no nome da tribo em adjetivo) da Península Ibérica.

O deputado gosta de bicicleta, mas, como mora em um lugar alto, admite que aprecia mais o meio de transporte, ecologicamente correto, na ida que na volta. Ambientalista, Não perdoa o automóvel, veículo egoísta que ocupa o espaço dos indivíduos. Tem um filho skatista, mas deixa claro que nem pensa em utilizar esse tipo de transporte autossustentável.

Gosta, como dez em cada dez deputados, da música Menino da Porteira, que cantou junto com a dupla de apresentadores sem se importar com a incorreção ambientalista de classificar o touro história como um “boi sem coração”. Tudo isso foi revelado no programa Política & Viola apresentado pela dupla sertaneja Willian & Renan na TV Assembleia que vai ao ar amanhã (14), sábado, às 21h30min horas, com reprise domingo ao meio dia e na quinta-feira às 21h30min.

O deputado Verde é de Mandaguari, formado em Agronomia, já foi faturista da Hermes Macedo, professor de cursinho, passou pelo ITC, IAP, foi secretário do Meio Ambiente. Quando pequeno, era uma criança frágil. A família é de origem rural e ele costumava ser poupado dos trabalhos mais pesados. Também para se poupar ia para escola a cavalo (os colegas usavam bicicletas e a professora chegava de charrete para dar aulas). Os quatro quilômetros a cavalo para estudar renderam muitas histórias e aventuras. Um dos cavalos que usava morria de medo de bombinhas de São João. Os colegas sabiam disso e espantavam o Rocinante com fogos. Ele deixava Rasca para traz e voltava voando para casa. A mãe via o cavalo voltar sozinho e entrava em pânico. Rasca cresceu, virou um adulto saudável, esportista e bom de bola.

A dupla recebida pelo programa foi um caso à parte. Álvaro & Daniel são “sertanejos católicos”, assim a música Dama de Vermelho, que fala de amores loucos e porres homéricos, cantada pelos apresentadores Willian e Renan na abertura do programa foi à única música profana (Hoje choro de ciúme/ Ciúme até do perfume/ Que ela deixa no salão/ Garçom amigo, / apague a luz da minha mesa/ Eu não quero que ela note/ Em mim tanta tristeza/ Traga mais uma garrafa/ Hoje vou embriagar-me/ Quero dormir para não ver/ Outro homem te abraçar), que se ouviu no programa.

Desde que o Espírito Santo baixou na dupla abandonaram as músicas de amores loucos, desejos insalubres, bebidas alcoolicas em profusão e músicas de duplo sentido. Limitam-se músicas sertanejas de raiz, músicas de padres cantores que eles vertem para o estilo sertanejo e composições próprias adequadas a religiosidade.

Hoje se concentram em fazer shows que podem ser assistidos e apreciados por toda a família. Falam de Deus e de pregadores. Daniel tem formação superior em música, fez Faculdade de Artes. Quando convidados a dizer o tipo de mulher preferida os dois falam de pronto que é morena e loira, não por acaso a cor do cabelo das respectivas mulheres.

Cantaram uma música própria “Desculpe” que dá uma ideia do que vem a ser o sertanejo católico: “Desculpe se as vezes só lamento/ Desculpe se as vezes não te agradeço/ Minha vida e meus problemas/ Estão nas mãos do senhor/ Quantas vezes eu chorei pensei em desistir/ Sempre esteve do meu lado e eu magoado/
Não te vi/ Quantas vezes fui dormir cansado/ Nem te agradeci/
Pela graça recebida e as batalhas que venci/”.