22/08/2023

Rita Felchak recebe Medalha Fortim Atalaia

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Lizi Dalenogari

Guarapuava – A atriz, autora, diretora teatral e sócia fundadora da Cia. De Teatro Arte & Manha, Rita Felchak foi a homenageada da Academia de Letras, Artes e Ciências de Guarapuava – ALAC, na tarde deste sábado (28). Rita recebeu a Medalha Fortim Atalaia pelos relevantes projetos culturais que desenvolve em Guarapuava e pelo país afora, e pelas incontáveis sementes que lançou e que deram belíssimos frutos ao longo de sua trajetória. 

Filha de Ozires Aguiar Machado e Iraides Lopes Machado (in memorian), Rita relembrou, em seu discurso durante a homenagem, de sua infância sem oportunidades, das dificuldades para estudar, dos livros emprestados que “devorava” com alegria e da ansiedade de sempre aprender. Chinelo de dedo, conga e roupas doadas. Entendeu desde muito cedo que, se quisesse um futuro melhor, teria que lutar para conquistá-lo e foi o que fez.

Seu primeiro encontro com a arte foi na Igreja Sant'Ana aos 14 anos, fazendo teatro para evangelizar. Daí para frente seus valores só se intensificaram na missão de transformar e não mais parou, para alegria de todos nós.

Escreveu e montou até agora (ainda tem muita criatividade para nos surpreender) mais de 50 espetáculos e milhares de performances. Seus trabalhos já estiveram nos palcos mais de 5.000 vezes, atingindo um público de mais de 600 mil pessoas em todo o Brasil.

Entre eles destacam-se: “As Cavalhadas” nos anos de 1999, 2000, 2002 e 2006 e “As Cavalhadas Infantil”; “A Paixão e Morte de Cristo”, de 2003 a 2012; “Um Conto para nossa História”, espetáculo de bonecos que resgata a história, os contos, as fofocas e as lendas que compõe a História de Guarapuava, com mais de 500 apresentações.

CARREIRA

Recebeu sua primeira oportunidade do então prefeito de Guarapuava Nivaldo Kruger, (que não por acaso foi quem lhe entregou a Medalha Fortim Atalaia), que a convidou para compor o Departamento de Cultura do município de 1983 a 1995. Foi professora de teatro no Colégio Imperatriz Dona Leopoldina e na Agência de Manequins Marcelo Germano. Também foi professora de Artes no Colégio Nossa Senhora de Belém. Foi produtora do programa “Boa Tarde Cidade”, da TV Band e do “Agenda Universitária”, da TV Cidade, canal 13. Também foi docente de oficinas de teatro e expressão corporal  em 7 municípios da região.

Orgulhosamente de Guarapuava, Rita foi produtora/autora do projeto “Ciranda Cultural” da Fundação Teatro Guaíra, beneficiando 11 municípios da nossa região. Foi produtora e atriz do filme de curta-metragem “Terra Incógnita”, com o ator Ary Fontoura, sendo premiada pelo júri popular no Festival de Cinema de Vitória –ES. Foi diretora de diversos grupos teatrais como Falarte, Tudo Avesso e do grupo de teatro da Unicentro.

PRÊMIOS

Melhor Direção – Esperando Godot

Melhor espetáculo – Esperando Godot

Melhor Atriz em “O pirata da mão de lata”

Melhor texto e direção em “Quem vê cara não vê coração”

Melhor texto, espetáculo e direção em “Do outro lado tem segredos”

Melhor espetáculo no Festival Regional Brasileiro – representando a região sul do Brasil com o espetáculo “Traquinagens”

Recebeu 3 prêmios especiais do júri no Festival Nacional de Teatro – formação de platéia, e excelência na montagem, criatividade e conjunto da obra com o espetáculo “Um conto para nossa História”

Medalha Fortim Atalaia – Em reconhecimento pelo legado cultural a cidade de Guarapuava, entregue pela Academia de Letras, Artes e Ciências de Guarapuava – ALAC. Outros cidadãos agraciados com o símbolo foram: Tulio Vargas, Carlos Alberto Gomes, Ubirajara de Azevedo, Ignácio Francisco Xavier, Alfredo Gelinski, Laura Pacheco Bastos, Élio Antônio Dalla Vecchia, Alcides Regassl e Frederico Keche Virmond.

GRATIDÃO

“Quando recebi a notícia que seria homenageada fiquei muito emocionada, e confesso, até sem graça, afinal a gente sempre pensa que não merece. Depois entendi que era uma honra ser merecedora deste prêmio, deste reconhecimento. Aí pensei que teria que discursar e perguntei aos meus filhos David e Daiana o que fazer. Eles sugeriram que falasse de mim, da minha história e do que sou feita. Sou simples e agradeço por poder trabalhar com que amo e com os que amo. Amo Guarapuava e saio gritando o nome dela em todos os cantos deste país, e saio aplaudida. Por tudo isso agradeço a Deus, a todos aqui presentes, em especial ao senhor Nivaldo Kruger pela primeira oportunidade, a minha mãe, meu pai, meus irmãos, a minha incrível e incansável equipe, e aos meus filhos David e Daiana, desejados e muito amados, meus companheiros, protetores, grandes artistas. Depois de mim, darão continuidade a minha missão. Mas ainda tenho muito o que fazer. Ainda não plantei uma árvore e ainda tenho cinco livros para escrever”, conclui a grande artista Rita Felchak, orgulhosamente de Guarapuava-Paraná-Brasil, para alegria e deleite de todos nós.

 

Cristina Esteche

Jornalista

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