22/08/2023
Guarapuava

Entre amigos e pedaladas, o Caminho da Fé

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Jonas Laskouski, com fotos de Thiago Lustosa

Guarapuava – Seis amigos, muita bagagem e 568 quilômetros percorridos de bicicleta: essa é a aventura relatada pelo empresário Eloi Mamcasz, presidente da Associação Comercial e Industrial de Guarapuava. Acostumado a lidar com receitas e despesas num mundo bastante atarefado, o líder aplicou a bagagem, a experiência e os conceitos da faculdade de Administração num outro caminho, o Caminho da Fé.

Somadas as distâncias, o Caminho da Fé tem pouco mais de 800 quilômetros. O trajeto passa por 32 cidades, entre os estados de São Paulo e Minas Gerais e levam – anualmente – os cerca de três mil peregrinos que costumam percorrê-lo, a pé ou de bike, até a Basílica de Nossa Senhora Aparecida, santuário católico da padroeira do Brasil. A maior parte do percurso é feito pelas estradinhas de terra que cortam a estonteante Serra da Mantiqueira.

"O melhor de tudo não é nem pedalar, e sim conhecer as pessoas e vilarejos que vamos encontrando no caminho." Nos 12 dias entre a ida e a volta, Eloi e os outros cinco companheiros – o ortodontista Alexandre Retcheski, Claudemir Mazzochin (policial civil da Denarc de Pato Branco), o empresário Cledemar Mazzochin, Marciello Mazzochin, que preside a Associação Comercial de Irati e o gerente do Banco do Brasil em Guarapuava, Liti Colossi – puderam sentir o aconchego dessas pessoas e lugares. "Reabastecíamos nossa energia em cada uma dessas paradas. A oração de quem nos recebia, nos empurrava a não desistir no meio do caminho, que não é dos mais fáceis, mas que vale todo o esforço e sacrifício", contou ele, mostrando a mão branca (devido ao uso de luvas) contrastando com a pele queimada pelo sol.

Ainda segundo Eloi, durante a peregrinação foi possível entender coisas que, na rotina do dia a dia, passam desapercebidas. Ele disse que a fé é confirmada e renovada, durante o percurso do caminho. "Tudo passa a ter um significado novo: trabalho, amor à família, desapego, tolerância. Tivemos momentos incríveis. Foram muitas risadas e nenhum tombo". Numa única palavra: "apaixonante", definiu o empresário peregrino Eloi Mamcasz.

 

 

Cristina Esteche

Jornalista

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