A inconsequência toma conta das redes sociais

A inconsequência em redes sociais impera nos últimos tempos. No anonimato, escondidos atrás de pseudônimos e perfis falsos (fakes), cada um fala o quer, dissemina boatos, xinga, escreve palavrões, julga, condena. Mas quando a identidade é solicitada, aí a coisa muda.

Recebemos uma enxurrada de e-mails e mensagens por WhatsApp, diariamente, inclusive de madrugada. Hoje o leitor da RedeSul de Notícias é nosso maior parceiro, não importa de onde seja. Mas o discernimento, o cuidado em checar a veracidade da informação sempre é a nossa prioridade. E nessa “peneirada” nos deparamos com atitudes irresponsáveis que nos levam a questionar até onde vai a irresponsabilidade das pessoas, muitas, movidas principalmente, por interesses políticos adversos.

Ontem, num dos grupos no WhatsApp, uma jovem divulgava ter recebido fotos do mosquito Aedes aegypti e que teria sido encontrado no Parque do Lago. Segundo o texto, Guarapuava estaria infestada por focos de mosquito e tentava atribuir a culpa à administração do prefeito Cesar Silvestri Filho. Quando foi solicitada a fonte da informação e da foto, a conversa mudou e a jovem acabou dizendo ter descoberto que a foto era da internet, que a informação era falsa e que o alvo seria atingir negativamente o prefeito.

Em nenhum momento a intenção deste blog é sair em defesa da administração. O objetivo é mostrar que há pessoas que se utilizam de uma ferramenta que dissemina informações de forma incontrolável para prejudicar, quando deveria auxiliar. A maior vítima do mosquito, transmissor da dengue, do zika e da chikungunya, é a população. Quem é o grande responsável pelo surgimento dos focos da larva e da proliferação do mosquito em questão? É a população. Se cada um, em vez de ficar disseminando boatos falsos, fizer a sua parte, limpando, fiscalizando, cuidando, muitas doenças podem ser evitadas. Se cada um cuidar da sua vida, do seu dever como cidadão, em vez de utilizar um espaço que pode ser útil para coisas inconsequentes, com certeza, o nosso mundo será melhor. Nesse caso do Aedes aegypti, o "feitiço pode virar contra o feiticeiro".