Após cinturão, Guarapuavano vai em busca de contrato com WGP na Bolívia

Diego Canci

Guarapuava – Há cinco anos um guarapuavano luta pelo sucesso no esporte. Jhonatan Leuch de 19 anos começou a praticar kickboxing aos 14 e a participar de competições pouco tempo depois. Desde o último final de semana, ele é o detentor do cinturão de Campeão Paranaense na categoria até 58,200 quilos. O feito veio após um nocaute no segundo round de combate realizado no ginásio Joaquim Prestes, em Guarapuava. Para o rapaz, foi a coroação de um trabalho duro.

“Eu treino todos os dias e ainda faço musculação. Eu já tinha desafiado o campeão pelo cinturão no ano passado em Maringá, mas acabei perdendo o título por decisão dividida dos jurados, que foi uma decisão bem polêmica. Dessa vez, lutei aqui em Guarapuava e consegui vencer com um nocaute no segundo round, sem deixar dúvidas”, explica ele.  

O título e cinturão foram conquistados no último sábado (05) durante uma seletiva para o WGP (World Grand Prix) de Kickboxing, que contou com o guarapuavano Matheus Gati entre os lutadores que buscavam o contrato com a WGP. Conseguir um contrato com a marca é também o sonho de Jhonatan e a seletiva para ele já tem data marcada. É no próximo dia 18 de março na Bolívia. Lá, ele vai disputar com outros três lutadores um contrato com a WGP.

“É o meu sonho conseguir me fixar na WGP. Eu vou dia 16 para a Bolívia representar o Brasil nessa seletiva e se vencer, consigo o contrato”, comentou. Jhonatan sai sozinho de Guarapuava na próxima quarta feira (16) e na Bolívia, encontra os técnicos da Confederação Brasileira. Dessa vez, a organização nacional vai bancar todas as despesas para o garoto, mas nem sempre é assim. “Dessa vez a Confederação Brasileira vai pagar tudo, mas normalmente sou eu que tenho que bancar todos os custos. A WGP me pagou uma vez por uma luta, mas foi bem pouco, por isso que quero conseguir o contrato que é uma maneira de começar a ganhar dinheiro”.

Na seletiva organizada pela Wako Bolívia (a confederação boliviana de kickboxing) o guarapuavano vai enfrentar outros três atletas de três países. Um boliviano, um argentino e um colombiano. Caso venca o GP, Jhonatan garante o título da seletiva e, o mais importante, o tão sonhado contrato com a WGP.

O início no esporte:

Apesar de todo o sucesso, o atleta confessa que começou no esporte sem pretensões profissionais. “Eu comecei para emagrecer. Esse foi meu incentivo, já que eu era meio gordinho”, confessa.

E a missão deu certo. Os quilos que perdeu, viraram conquistas no esporte. Agora, ele já soma muitas medalhas e vitórias além de participações internacionais representando o Brasil e o Paraná. No ano passado, por exemplo, ele foi vice-campeão Brasileiro e foi campeão Sul Americano no Chile.

Mas apesar das conquistas ele ainda não ganha dinheiro com o esporte. “É difícil. Por enquanto é minha mãe quem me banca, até por isso estou estudando que é meu plano B”, explica. Para se profissionalizar de vez, ele espera conseguir patrocínios de empresas e também o tão sonhado contrato com a WGP. “Agora começamos buscar patrocínios de empresas e outros parceiros. O contrato também seria um passo importante, para poder me dedicar ainda mais ao esporte. Seria uma realização”, finaliza.