Da Redação com Grasielli Castro do HuffPost Brasil
Brasília – A homologação da delação premiada do senador Delcídio do Amaral acelerou a possibilidade de cassação no processo de quebra de decoro que tramita contra o parlamentar no Conselho de Ética do Senado.
Inicialmente, havia uma movimentação no Senado por parte de alguns aliados para 'enrolar' ao máximo o processo de cassação do senador. No PT (Partido dos Trabalhadores), também havia uma articulação para que ele não fosse expulso e levasse apenas uma suspensão ou outra pena leve. O senador, entretanto, entregou a carta de desfiliação nesta terça feira (15).
Petistas chegaram a visitar o senador na prisão e logo após ele ter mudado para o regime domiciliar como sinalização de apoio. Toda solidariedade, entretanto, foi por água abaixo nesta terça, quando a delação foi divulgada. No Senado, o principal comentário foi o de que o senador "atirou para todos os lados".
Parlamentares, como o relator do processo no Conselho de Ética, o senador Telmário Mota (PDT-RR), disseram que chegaram a ser procurados pelo senador petista. Ao portal HuffPost Brasil, Telmário disse que não aceitou conversar com o parlamentar. "Achei que não era prudente por estar com a relatoria do caso dele."
Integrante do Conselho de Ética, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) acredita que o relatório pela cassação de Delcídio será aprovado por unanimidade. "Duvido que depois dessa delação alguém vote contra a cassação. Vai ser por unanimidade. Também vamos apresentar um requerimento para que ele seja convocado a prestar depoimento no conselho. Acredito que a convocação também vai ser aprovada por unanimidade. Ele tem que explicar o que ele disse ou reafirmar ou ainda acrescentar alguma informação nova.
MERCADANTE
As declarações de Delcídio já fizeram uma vítima, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Embora tenha se defendido, o ministro e a presidente Dilma Rousseff estão sendo pressionados para mudar o comando da pasta.
A nova composição da Esplanada, com a inclusão do novo ministro da Justiça, Eugênio Aragão e, possivelmente do deputado Mauro Vieira (PMDB-MG) no comando da Secretaria de Aviação Civil, deve ser empossada na próxima quinta (17).
Caso haja trocas na Educação e em outras pastas, como a Secretaria de Governo, com o ex-presidente Lula, as posses também deverão ocorrer no dia 17.
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"Duvido que depois dessa delação alguém vote contra a cassação. Vai ser por unanimidade. Também vamos apresentar um requerimento para que ele seja convocado a prestar depoimento no conselho. Acredito que a convocação também vai ser aprovada por unanimidade. Ele tem que explicar o que ele disse ou reafirmar ou ainda acrescentar alguma informação nova."MercadanAs declarações de Delcídio já fizeram uma vítima, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Embora tenha se defendido, o ministro e a presidente Dilma Rousseff estão sendo pressionados para mudar o comando da pasta.A nova composição da Esplanada, com a inclusão do novo ministro da Justiça, Eugênio Aragão, e possivelmente do deputado Mauro Vieira (PMDB-MG) no comando da Secretaria de Aviação Civil, deve ser empossada na próxima quinta-feira (17).Caso haja trocas na Educação e em outras pastas, como a Secretaria de Governo, com o ex-presidente Lula, as posses também deverão ocorrer no dia 17.