* Da Redação
Prudentópolis – Esta semana um clima de tensão está rondando a Câmara de Vereadores de Prudentópolis. Uma denuncia protocolada pelo vereador Julio Makuch pode resultar numa ação judicial que irá atingir sete vereadores, dois funcionários da Câmara e, ainda, o prefeito Adelmo Luiz Klosowski.
Nos últimos meses, Julio Makuch reuniu documentos e gravações com os vereadores e com os servidores. As gravações, segundo Makuch, foram realizadas sob orientação do próprio Gaeco. Na última semana, parte das gravações acabou vazando, e o caso se tornou público.
De acordo com Julio Makuch, desde que assumiu a presidência da Câmara e, principalmente, após a cassação do prefeito Gilvan Agibert, o grupo de vereadores e servidores se uniu para “tomar a presidência a qualquer custo”. Julio Makuch foi afastado judicialmente do cargo através de uma liminar, que está sendo questionada. Caso a liminar seja derrubada, Makuch pode reassumir o cargo de presidente a qualquer momento. “A pressão do grupo de vereadores que integra a base do prefeito Adelmo é grande. Eles estão exigindo que eu renuncie, pois temem que eu abra o jogo na Tribuna. A partir do momento em que me posicionei contrário a muitas questões do Executivo, passaram a me perseguir. Essa situação me obrigou a tomar providências. Montei um dossiê e o entreguei ao Gaeco, a quem cabe dar sequência nas investigações. Houve uma verdadeira formação de quadrilha no Legislativo e Executivo de Prudentópolis”, afirma Makuch.
Extraoficialmente, esta semana os vereadores Professor Marcos, Dr. Darley, Valdir Krik, Marcos Lachovitz, Yaco, Amilcar Pastuch e Maurício Bosak, além de dois servidores comissionados, devem ser ouvidos pelo Gaeco em Guarapuava. De acordo com a denúncia de Makuch, o assessor jurídico da Câmara fazia a “ponte” entre os vereadores e o prefeito, facilitando a aprovação de projetos de interesse da Prefeitura. Além disso, o mesmo assessor jurídico advoga para Adelmo em vários processos em trâmite no Judiciário local.
Julio Makuch deve apresentar o dossiê e a denúncia feita ao Gaeco e ao Ministério Público à comunidade de Prudentópolis na próxima segunda feira (04), durante seu pronunciamento na Câmara de Vereadores. “Está na hora da população de Prudentópolis saber da verdade. Não vou renunciar para beneficiar um grupo de perseguidores, de pessoas que estão usando cargos públicos em benefício próprio”, conclui Makuch.