22/08/2023
Guarapuava Segurança

DPVAT: fisioterapeuta guarapuavano está foragido por fraude

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* Da Redação, com Polícia Civil

Um fisioterapeuta guarapuavano está sendo considerado foragido da polícia. Ele estaria participando de um esquema estadual para fraudar o Seguro DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículo Automotor).

Três pessoas foram presas, entre elas uma advogada de 31 anos, durante uma operação deflagrada na manhã desta quinta feira (31) pela Delegacia de Furtos e Roubos, com o objetivo de prender uma quadrilha suspeita de fraudar o DPVAT. A ação policial aconteceu em Curitiba, Região Metropolitana e na cidade de Guarapuava.

Segundo o delegado-titular da Furtos e Roubos, Matheus Laiola, os pacientes e funcionários de hospitais eram abordados por integrantes desta quadrilha para obter documentação sigilosa necessária para dar entrada com o pedido de indenização. “Cerca de 30% do valor recebido ficava com a quadrilha, que fraudava alguns documentos para agilizar o processo junto à empresa pagadora do seguro”, fala Laiola.

O valor total pago pelo Seguro DPVAT para cada vítima, varia de R$ 2.700 (caso de despesas médicas) à R$ 13.500 reais (casos de invalidez ou morte).

A advogada e seu marido de 40 anos, foram presos na residência do casal no bairro Uberaba, já a secretária da empresa, de 30 anos, foi presa em Campo Largo, Região Metropolitana de Curitiba. O trio responderá pelos crimes de associação criminosa, prática dos crimes de estelionato, falsidade documental e crime contra a relação de consumo, se condenados, poderão pegar até 19 anos de prisão.

Em um dos casos que a quadrilha atendeu a vítima recebeu alta médica pelo próprio fisioterapeuta da empresa, que se passava por médico. “Depois de um tempo a vítima procurou um médico por conta e descobriu que precisava voltar com o tratamento médico para melhorar a mobilidade dos braços”, lembrou o delegado responsável pela operação.

O fisioterapeuta de 31 anos é considerado foragido. Além de responder pelos crimes do trio preso o profissional responderá ainda por exercício ilegal da profissão, podendo aumentar sua pena em mais 2 anos de prisão.

Durante as buscas e apreensões na residência do trio e na empresa, foram apreendidos documentos, celulares e computadores que serão analisados e periciados pela Polícia Civil do Paraná. 

Na residência do casal a polícia também localizou um veículo adaptado para ambulância. “O carro era utilizado para fazer o translado da vítima acidentada para o hospital. O motorista era o próprio marido”, finalizou o delegado.

Cristina Esteche

Jornalista

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