22/08/2023


Geral Guarapuava

Uniformes e agasalhos com capuz geram polêmica entre mães e escola

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Da Redação

Guarapuava –  A diretoria do Colégio Estadual Moacyr Silvestri, no Núcleo João Paulo II, no Loteamento Adão Kaminski, em Guarapuava, enfrenta problemas. Como a escola está localizada em área de vulnerabilidade social, principalmente por causa de drogas, a diretora Lucia de Queiróz orienta os pais a mandarem os filhos vestindo o uniforme da escola. Porém, há reação contrária por parte de algumas mães. “Elas dizem que são pobres, que não podem comprar”, diz a diretora.

A iniciativa da escola, de acordo com a diretora, é para a segurança dos alunos, já que a presença de traficantes nas proximidades é constante. “A escola fica ao lado do Patental”, observa. Essa localidade é conhecida pelo tráfico de drogas e atinge alunos.

De acordo com a ouvidora do Núcleo Regional de Ensino, Rosane Schwuartz, o uso de uniforme na Escola Moacyr Silvestri foi aprovado pelo Conselho Escolar e pela maioria dos pais de alunos. Portanto, a exigência é legal. “Mas é preciso usar de bom senso”, diz.

Mas não é apenas essa normatização que está gerando polêmica na escola. Mães de alunos entraram em contato com a RedeSul de Notícias reclamando a proibição do uso de agasalhos com capuz e de luvas. “Minha filha foi impedida de ficar com a jaqueta de capuz e passou frio na segunda feira”, disse Noeli Santos, mãe de uma adolescente com 13 anos de idade. “O meu filho teve que tirar as luvas das mãos”, reclamou Dirce Ferreira. 

A diretora rebate as acusações e diz que isso não é verdade. “Como vamos deixar as crianças com frio?". A pedagoga da escola, entretanto, diz que o uso de agasalhos com capuz foi vedado durante o verão. Agora, a orientação é de que os capuzes sejam colocados por dentro do agasalho. De acordo com a diretora, a medida é preventiva, porque já houve ocorrência de drogas escondidas dentro dos capuzes. Segundo Lucia, esse é um problema detectado com frequência. “A Patrulha Escolar já foi chamada diversas vezes”.

Para orientar os pais e os alunos, a escola vem promovendo diversas atividades. “São palestras sobre direitos e deveres; ações com o grupo Mocidade Para Cristo, como o 'Torne-se um Ex', que remete a ex-viciado, ex-mentiroso; o projeto Fala Sério”. Segundo Lucia, são atividades extra curriculares que visam a politização de alunos e da comunidade. “Também estamos colocando câmeras de segurança na escola, a partir do mês que vem”, diz a diretora.

A Moacir Silvestri possui 335 alunos, entre 10 e 14 anos de idade. Grande parte é beneficiária de programas sociais como, por exemplo, o Bolsa Família.

 

 

Cristina Esteche

Jornalista

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