Da Redação, com Assessoria
Com a queda brusca nas temperaturas e aproximação do inverno, os cuidados para evitar a gripe devem ser redobrados. Medidas simples como lavar as mãos e manter os ambientes arejados podem evitar a contaminação pelo vírus da gripe. O Paraná contabilizou até esta quarta feira (15) 668 casos de gripe no Estado, 66 a mais do que no boletim divulgado na semana anterior. Dos casos confirmados, 93% (619) são referentes à contaminação pelo vírus H1N1, que já circula nas 22 Regionais de Saúde.
“O clima frio faz com que as pessoas se concentrem em ambientes fechados e isso favorece disseminação dos vírus responsáveis pela doença. Por isso, locais como esses devem ser evitados”, orienta a chefe do Centro de Epidemiologia da Secretaria da Saúde, Júlia Cordellini.
Ela explica que a gripe é transmitida pelo contato com pequenas gotículas expelidas por pessoas doentes, seja pela fala, tosse ou espirro. Assim, é recomendado usar lenço descartável e cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir, além de evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca, e não partilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.
Júlia também recomenda a higiene frequente das mãos com água e sabão ou álcool gel e a limpeza de superfícies que estão em contato direto com as mãos, como corrimãos e maçanetas. “Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e a ingestão de líquidos também ajuda na manutenção da imunidade”, diz.
“Em São Paulo, por exemplo, já foram confirmados 2.236 casos de influenza desde o início do ano”, compara a superintendente de Vigilância em Saúde, Cleide de Oliveira. O número de confirmações também é maior no Rio Grande do Sul, com 697 casos.
Os óbitos por gripe no Paraná passaram de 74 para 90 – 83 deles de H1N1. As outras sete mortes não foram subtipadas. “Mesmo com a população gaúcha sendo quase a mesma da paranaense, o número de óbitos no Rio Grande do Sul já chegou a 109”, diz Cleide. No estado de São Paulo já ocorreram 441 óbitos por gripe.
Em todo o Brasil, de janeiro de 2016 até agora, já foram confirmados 5.410 casos e 978 mortes. “Esses números mostram que os cuidados devem ser intensificados. O alerta é maior na região Sul do País, que costuma registrar as menores temperaturas”, finaliza a superintendente.