22/08/2023
Guarapuava Segurança

"Estamos impotentes", diz vítima que teve casa assaltada

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Da Redação

Guarapuava – Qual é a sensação de enfrentar três homens encapuzados arrombando a sua casa, impedir o furto e semanas depois ser surpreendida pela notícia de que a sua casa e a de sua filha foram assaltadas, ficando, inclusive sem o seu carro? A resposta será conhecida pelo relato de M.M, cujo nome está sendo preservado a pedido da entrevistada.

A família reside às margens da BR 277, perímetro urbano de Guarapuava, na estrada que dá acesso à Estação do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), na Estância dos Potros.

No dia 17 de julho, a mulher e o filho estavam chegando em casa, por volta das 15 horas, quando perceberam que os três cães da raça Rottweiler estavam alterados. “Preferi não entrar, dei a volta no carro e estacionei nos fundos, perto de um matagal. Pedi que meu filho ficasse com o carro ligado e cheguei a uns 300 metros da casa”. De acordo com a vítima, os três encapuzados tentavam arrombar a casa. “Liguei para a Polícia Militar e como havia viaturas num bairro próximo a equipe chegou em tempo de impedir o assalto, mas os marginais fugiram”.

Nos dias que se seguiram, outras chácaras foram assaltadas e, amedrontadas, as famílias preferiram transferir residência para o centro e bairros da cidade. “Somos um dos poucos que continuam morando lá”.

Na madrugada de domingo (07), as duas casas existentes na chácara foram assaltadas. A família estava em Campina do Simão participando de um rodeio e deixou um caseiro cuidado do local. “Os ladrões entraram na nossa casa pelo buraco de um vidro que estava faltando numa janela. Escolheram o quiseram levar: televisor 51' polegadas, computador, aparelhos celulares, máquina de costura. Fecharam a casa, apagaram a luz e não fizeram bagunça. Na garagem também tiveram tempo de escolher o que desejavam, além do meu carro, um Celta prata, placas DMX 5666, de Guarapuava”. A casa da filha, na mesma chácara, foi arrombada e de lá foram furtados o televisor, computador e cobertas. “O caseiro disse que ficou com medo e fugiu quando os marginais chegaram por volta das 2 horas da manhã”. A polícia foi avisada às 7h de domingo (07).

A impotência das vítimas perante a insegurança deixa MM indignada. “Os bandidos estão sendo protegidos pela lei, pois quando presos, pagam fiança e saem numa boa, como aconteceu com os encapuzados que tentaram assaltar a minha casa. Foram detidos por outro assalto, mas já estão nas ruas, novamente. Estamos impotentes”.

 

 

Cristina Esteche

Jornalista

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