22/08/2023
Brasil

Mandato não é ofício!

Basta alguém fazer uma postagem nas redes sociais sobre algum candidato que lá vêm as críticas. Me refiro aos comentários postados por pessoas que dão a cara e não aqueles que se escondem atrás dos chamados fakes. Esses não merecem o mínimo respeito, que dirá tempo, que para mim é tão precioso.

Mas não quero mais ler postagens de desagravos a candidatos nas eleições deste ano. Não quero mais saber da indignação de eleitores em redes sociais sem que haja uma postura de consciência política. Quero noticiar, essa revolta, esse desprezo, essa fúria – é pra ser redundante, sim – traduzidos no voto no dia das eleições municipais.

De nada adianta criticar o político profissional, aquele que se apossa do cargo como se fosse dono de sua cadeira, principalmente, no Legislativo – e temos vereadores que estão grudados como chicletes – criando mandatos quase vitalícios.

É importante saber que mandato não é ofício, ou seja, não é profissão. Essa condição que vemos se repetir a cada eleição é nociva ao município. Lutar contra ela é combater a corrupção. Mas poucas pessoas têm essa consciência. É preciso saber que político de qualidade, depende, principalmente, da escolha feita pelos eleitores. É preciso estar consciente de que a parcela de corruptos que hoje detém o poder – e muitos estão às voltas com a lei – não tomou o poder pela força ou por golpe, mas que assim, como os honestos, como aqueles que fazem, foram eleitos de modo legítimo, pelo voto.

Por isso, mais do que nunca, é preciso gritar a sua revolta, a sua indignação, nas redes sociais, sim, mas de cara limpa, assumindo a sua condição de cidadão, de quem vai dar um basta ao “samba do crioulo doido”, colocando um ponto final a quem só se elege para defender seus próprios interesses. Não dá mais para ficar isento na hora de decidir!

Cristina Esteche

Jornalista

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