22/08/2023
Cotidiano Guarapuava

Ato pede o fim da violência contra a mulher

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Da Redação

Guarapuava – Uma manifestação pública neste domingo (30), às 17h, no deck do Parque do Lago, vai mostrar a indignação da sociedade guarapuavana em relação à violência cometida contra mulheres. A gota d´água que desencadeou a mobilização foi o feminicídio cometido contra a jovem Ana Larissa Gonçalves, 26 anos, por volta das 8h da manhã do último sábado (22). Ela foi assassinada por Rafael Uchak, 24 anos, seu companheiro. “Foi por ciúme. Ele bateu nela a noite toda, depois a asfixiou e ainda teve a crueldade de colocar a filha deles, de quatro anos de idade, dormindo ao lado da mãe morta”, disse Cristina Lima, amiga de Ana Larissa desde a infância. “Ela era uma menina frágil, que nunca fez mal a ninguém. É muita crueldade e esse crime não vai ficar impune. Ele [Rafael] vai ter que ficar na cadeia pra sempre”. O corpo de Larissa foi encontrada por sua mãe, Eliane.

Rafael foi preso pela Polícia Militar em seguida ao crime, depois de tentar se esconder num dos hotéis de Guarapuava, com o auxílio do seu pai.

Para a manifestação, o jornalista Mauro Biazi, que teve a ideia do ato, sugere que as pessoas vistam-se de branco, levem faixas e cartazes.

Assim como Ana Larissa, outros crimes envolvem mulheres em Guarapuava. De acordo com a Secretaria da Mulher, em dez meses de 2016, 387 vítimas foram atendidas pela primeira vez e três mulheres foram mortas. Em 2013, um ano antes da criação da Secretaria, oito mulheres foram mortas por parceiros ou ex-companheiros. No ano seguinte esse número caiu para seis, repetindo esse índice em 2015.

 

Cristina Esteche

Jornalista

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