22/08/2023
Mundo Saúde

Quem faz jejum vive por mais tempo, diz Nobel de Medicina

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Do site da Veja

Dietas que pregam o jejum são comuns para a perda de peso, mas, agora, estudos sugerem que a prática pode contribuir para o aumento da expectativa de vida. Pode parecer estranho, afinal, todos sabem que uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes é fundamental para uma boa saúde. No entanto, segundo Yoshinori Ohsumi, ganhador do Nobel de Medicina deste ano, o jejum faz suas células se comerem – processo chamado de autofagia – e isso te renova. Agora, pesquisadores se debruçam sobre o assunto para traçar uma indicação de frequência do jejum benéfica e segura, de acordo com informações do Uol. 

A autofagia é um importante mecanismo de autolimpeza que existe em todas as células de nosso corpo. A redução da autofagia leva ao acúmulo de componentes danificados, o que está associado à morte das células e ao desenvolvimento de doenças. Por essa lógica, manter o mecanismo ativo seria uma forma de prevenir problemas.

“A autofagia não fica ativa o tempo todo. Mas a restrição de nutrientes é uma forma de burlar isso”, disse Luciana Gomes, pesquisadora do Laboratório de Reparo de DNA da USP, ao Uol.

Essa autolimpeza no organismo é ativada quando a célula está em situações de stress, como ao fumar um cigarro ou ficar algum tempo sem se alimentar. Nestes casos, a célula passa a “comer” partes internas para sobreviver, degradando tudo o que tem de ruim. Quanto mais o mecanismo funciona maior a faxina.

“O jejum induz a autofagia, isso é sabido. Também sabemos que a autofagia induz a longevidade. A busca agora é entender a conexão entre a autofagia ativada pelo jejum e a longevidade das células”, explicou Soraya Smaili, professora livre-docente da Escola Paulista de Medicina, ao Uol.

Cristina Esteche

Jornalista

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