Da Redação
Guarapuava – Uma antiga usina que produzia pasta de papel, há mais de 40 anos, está sendo transformada numa Pequena Central Hidrelétrica (PCH). Localizada no Parque Recreativo Jordão, em Guarapuava, a usina que pertencia à Boese Fábrica de Pasta Mecânica, trocou de dono e está sendo reformada. Chamada agora de PCH Vale do Jordão, a unidade está em obras, com previsão para entrar em operação em dezembro deste ano. O investimento é de R$ 15 milhões.
Algumas iniciativas, porém, se tornaram polêmicas e provocaram a reação da comunidade guarapuavana, "com base em desinformações que correm à boca pequena", de acordo com o atual proprietário Luciano Daleffe.
A remoção de árvores no parque – pivô central da polêmica – está sendo necessária para a reforma do canal do rio, construído há mais de quatro décadas. “Tudo está sendo feito com a devida licença ambiental concedida pelo IAP nacional e a aprovação da Assembleia Legislativa do Paraná. Já aterramos parte do rio, serviço necessário para a reforma do canal e também para a duplicação da ponte sobre o rio. Para mexer com PCH é preciso cumprir à risca a legislação ambiental que é muito rigorosa”. De acordo com Daleffe, o processo de licença durou cinco anos. “Todas as árvores que foram retiradas serão substituídas e em grande número”. O replantio será executado tão logo seja concluída a reforma do canal.
Outro serviço que será realizado na PCH Vale do Jordão é o reforço da Casa de Máquinas atual. “Vamos fazer uma parede para que nada vaze para o rio”. Segundo Daleffe, as novas turbinas estarão sendo instaladas em agosto deste ano. Nesse mesmo mês começa o plantio de árvores de espécies nativas.
A preocupação com a preservação do meio ambiente e com o visual do Rio Jordão, onde inclui-se uma queda d´água em frente à usina, é uma das preocupações da empresa. “Vamos trabalhar de uma maneira diferente daquela que a antiga fábrica de pasta fazia para produzir. Não vamos utilizar produtos químicos, pois vamos gerar energia limpa e renovável. A cachoeira e rio não vão secar, já que o canal está dentro do próprio rio”.
Sem precisar de nova barragem, o nível do rio também não será alterado e não haverá perigo de alagamento. “Vamos utilizar a mesma barragem construída há mais de 40 anos. Além disso, vamos gerar empregos e impostos ao Município”.
DUPLICAÇÃO DA PONTE
A antiga ponte sobre o Rio Jordão, que hoje é cenário de engarrafamento de veículos, principalmente, nos finais de semana, será duplicada. A obra, estimada em R$ 1,1 milhão, será custeada integralmente pelo empresário Luciano Daleffe. “É uma contrapartida exigida pelo IAP e pelo Município e que vamos cumprir”. Essa condição está registrada em cláusula contratual.