Eleito presidente da Apasem, Pfann Filho vai combater a pirataria de sementes

Da Redação

Guarapuava – O combate à ilegalidade na produção e venda de sementes será uma das principais bandeiras do novo presidente da Associação Paranaense dos Produtores de Mudas e Sementes (Aprasem), Josef Pfann Filho, de Guarapuava. Segundo o guarapuavano, a entidade não medirá esforços para contribuir e atuar de “forma severa e intransigente” no combate a práticas lesivas e aos interesses do setor. “Vamos defender a boa semente e para isso conto com o trabalho coletivo dos associados e dos parceiros da Aprasem”.

De acordo com Josef Pfann Filho, a produção de sementes por parte do produtor é permitida. “As sementes salvas para uso próprio são amparadas por lei, desde que sejam cumpridas determinadas regras, como: declaração de campo de produção especificando a cultivar, volume e local da produção, comprovação de origem das sementes usadas para a multiplicação e, outra regra muito importante, que as sementes sejam exclusivamente produzidas para uso próprio e plantadas em áreas em que o agricultor detenha posse da terra”.

Segundo o presidente da Aprasem, as “sementes piratas” são aquelas comercializadas ilegalmente e a maior fonte são as sementes salvas que, produzidas teoricamente para uso próprio, são multiplicadas em volume bem superior ao que o agricultor necessita. Desta forma, o excedente produzido de maneira planejada é comercializado ilegalmente. “Vamos combater essa prática de forma efetiva, porque as empresas obtentoras precisam utilizar parte dos ganhos obtidos com a venda de sementes, para retroalimentar os programas de melhoramento e desenvolvimento de novas cultivares. A pirataria lesa o sistema produtivo, não paga royalties à Embrapa”. As empresas obtentoras, e a Embrapa é uma dela, são aquelas que mantém programas de melhoramento genético e desenvolvem cultivares, com o objetivo de disponibilizar ao agricultor brasileiro, materiais altamente produtivos, estáveis, resistentes a doenças e adaptados às nossas condições climáticas.

Segundo Pfann Filho, a Aprasem possui 72 associados, responsáveis pela quase totalidade da produção de sementes no Paraná e com produção exportada para Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, embora alguns desses Estados produzam sementes. “ Temos mercado pela qualidade das sementes produzidas no Paraná”. Em Guarapuava, há empresas que produzem sementes. As principais demandas são trigo, triticale, soja, cevada. “Não associados produzem também semente de feijão”.