Da Redação
Brasília – O presidente Michel Temer contina sua ofensiva pela reforma da Previdência e para minimizar o choque com as delações da Odebrecht.
Durante entrevista concedida ao repórter Kennedy Alencar (SBT), o presidente disse que sequer soube o nome de Márcio Faria, o executivo da empreiteira que diz ter estado com ele em reunião na qual uma propina de R$ 40 milhões foi combinada para o PMDB. Temer também garantiu não estar preocupado com uma possível delação de Eduardo Cunha. “Eu não estou muito preocupado com o que ele venha a fazer”, afirmou. “Espero que seja muito feliz, espero que se justifique em relação a todos os eventuais problemas que tenha tido.”
CUNHA
Em contrapartida, Cunha escreveu à mão uma carta sobre Temer e garante que o presidente não “disse a verdade” em sua entrevista à Band, no sábado. Ele teria trabalhado, sim, pelo impeachment de Dilma Rousseff. Segundo o ex-presidente da Câmara, Temer quis avaliar pessoalmente o parecer de abertura do processo. “Foi debatido e considerado por ele correto do ponto de vista jurídico”, disse Cunha.