Cotidiano Guarapuava

Pescadores se antecipam e passam a noite no Parque do Lago

Por Cristina Esteche
30/04/2017

Da Redação

Guarapuava – Nem mesmo o frio que faz em Guarapuava espanta os pescadores da tradicional pesca no Parque do Lago, no dia Dia do Trabalhador, em Guarapuava.

Aproveitando o feriado prolongado que se estende até esta segunda (01), famílias inteiras se propõem a encarar o frio para pegar o melhor peixe. Desde a tarde de sábado (29), muitas pessoas armaram barracas, alguma improvisadas, e não se importaram com a baixa temperatura registrada na madrugada.

“Eu dormi aqui. Meu genro me largou aqui e minha esposa ficou comigo até a meia noite. Se vierem me buscar eu vou, se não fico aqui até amanhã”, disse Pedro Borges do Nascimento, que mora na Vila São João. Uma barraca iglu e uma fogueira acompanham o pescador. “Eu trouxe comida e vou me virando mesmo ser ter fisgado nada”, diz.

“Pesquei um”, gritou eufórico, Cícero Fernandes. A filha Isabela que o acompanha na pescaria, além de outros familiares que observavam de longe, correram para ver a conquista. Mas a surpresa não foi nada agradável. “Pesquei um lixo”, disse desapontado o morador do Alto Cascavel, erguendo um pedaço de plástico pendurado na ponta da vara.

O lixo disputa espaço às margens do lago. Sacolas plásticas, latas de cerveja e de refrigerante e outros entulhos boiam numa demonstração da falta de respeito com o meio ambiente.

João Vitor da Rosa e Aníbal Alves de Almeida moram na Vila Concórdia, ali pertinho do Parque do Lago. Bastou o dia amanhecer para eles pegaram o material de pescaria e se uniram aos demais. “A gente está aqui desde cedo, mas não pegamos nada. Eles [Prefeitura] dão ração pros peixes e aí ficamos aqui sem pegar nada. Mas vale a diversão”, diz João Vitor.

“Estou aqui desde muito cedo, mas só peguei resfriado”, afirma o bem humorado José Daniel Rodrigues, do distrito de Entre Rios. “Viemos em quatro, mas vamos logo a tarde para casa para assistir o jogo do Timão contra a Ponte Preta. Mas amanhã estaremos de volta”.

Se a maioria dos pescadores não deu sorte até o começo da noite deste domingo (30), quem comemora é Arlei Wawschenowski, da Vila Bela. “Peguei uma traíra e um cará”. Mas quem dá a dica é Sergio Costa. “Eu não vou perder meu tempo porque com esse vento ninguém vai pescar nada”.