Da Redação, com Coordenadoria de Comunicação/Unicentro
Guarapuava – Foram nove dias em pleno deserto do Saara. Durante o sol escaldante que ultrapassa os 40 graus; à noite o frio de doer os ossos, chegando a 5 ou 6 graus abaixo de zero. Longe do seu país, conhecendo uma cultura diferente e trazendo o relato o relato dessas experiências para dentro da Universidade. Esse foi o objetivo do professor Maurício Camargo, do Departamento de Geografia da Unicentro, quando aceitou o convite da Universidade Nova de Lisboa, por intermédio do professor Marcos Pelegrina, também do Departamento de Geografia.
A expedição é realizada a cada dois anos e, nesta última edição, além do professor Maurício, contou, também, com a participação da professora Adriana Kataoka, do Departamento de Biologia.
Para o professor, a viagem realizada em abril deste ano, possibilitou trazer aos estudantes, imagens e informações que complementam o que é visto nas salas de aula. “O importante foi, principalmente, a parte geológica, geomorfológica, que é ver o deserto propriamente dito, como ele realmente é. O Deserto do Saara é uma referência em termos de geomorfologia de ambiente áridos. Também estivemos na cadeia Atlas, onde é possível ver onde foram concebidas as principais teorias geológicas e geomorfológicas”, contou.
Além da experiência e da coleta de informações, segundo Maurício, a viagem foi uma oportunidade de interação entre docentes de diferentes universidades. “Nós tivemos o acompanhamento de três professores da Universidade Nova de Lisboa e, também, de professores de outras instituições, o que proporcionou uma produtiva troca de informações e de conhecimentos”.
O docente ainda destacou que o conhecimento adquirido pelos professores em viagens como esta reflete, também, na formação dos alunos. “Foi um ganho do ponto de vista científico estar no local onde boa parte das teorias de ambientes áridos foi desenvolvida. É uma maneira de compreender o local não somente através da bibliografia. O que aluno tem a ganhar? É a transmissão dessa experiência, por meio de fotos, que acabam também complementando as nossas aulas, principalmente porque são feições que os nossos alunos estudam”, ressaltou.