Situação de saneamento básico no bairro Cascavel é crítica

Guarapuava – É impossível para quem passa pelo bairro não notar a precariedade da situação em que vive a população da região do Alto Cascavel. O local, que é uma área invadida há vários anos, não possui acesso à rede de esgoto e vários córregos a céu aberto servem como depósitos de lixo, causando grande impacto ambiental e problemas para as famílias que moram na região. Durante o período de chuvas no verão a situação da população se agrava muito. Mesmo com algumas lixeiras colocadas pela associação de moradores, muito lixo se acumula nas ruas e o cheiro forte dos dejetos é constante, além dos surtos de hepatite e rotavírus, que são comuns nesta época do ano.

Recentemente, policias militares da Força Verde fizeram uma vistoria no local e elaboraram um relatório circunstanciado levando a conhecimento do Ministério Público a situação do local. Para o presidente da associação de moradores, José Luiz, há um descaso das autoridades, principalmente da Sanepar. “Quando a Sanepar veio fazer o projeto executivo para conseguir a verba do governo federal através do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o nosso bairro estava incluído neste projeto, no entanto, agora, na hora de realizar as obras, não estão fazendo esgoto nenhum”, denuncia ele.

Através da sua assessoria de imprensa, a Sanepar de Guarapuava rebateu as críticas dizendo que a empresa está, sim, contemplando a região em seu cronograma de obras. A estatal afirmou que mesmo não tendo responsabilidade sobre a região, por se tratar de uma área invadida, as obras daquele local serão iniciadas após o término da Estação de Tratamento de Esgoto Vassoural, que já estão 50% concluídas, e do coletor tronco norte-sul, que liga a Vila Carli ao Alto Cascavel; segundo eles, o término das obras está previsto para novembro deste ano.

Foto: os moradores de bairro Cascavel reclamam da falta de saneamento no local (Nagel Coelho/Rede Sul de Notícias)