22/08/2023




Guarapuava

‘Meu Malvado Favorito’ chega ao seu 3º filme. É a estreia da semana

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Da Redação, com crítica do Cinepop

Quinta feira é o dia oficial de estreias nas salas de cinema de todo o país. E quem chega nessa semana é o Meu Malvado Favorito 3. Diversão para os baixinhos, e referências para os grandinhos. A gente pescou a crítica do Pablo R. Bazarello, do Cinepop. Segue aí e bom filme!

Embora muita gente não saiba, fazer um filme de sucesso é quase um milagre. Ter centenas de milhões de dólares em mãos nada significa sem a empatia do público. E isso, obviamente, vale para as animações também. Ou você duvida que o sonho da maioria é se tornar uma franquia rentável. Nem todas conseguem, porque, caso você também não saiba, fazer um filme custa muito e o retorno precisa corresponder ao investimento. Então, da próxima vez que você se perguntar cadê a continuação daquele filme que você tanto gostou, saiba que se ela não saiu do papel, muito provavelmente a maioria do público não compartilhou de seu entusiasmo.

Esse não é o caso com Meu Malvado Favorito (2010), produção da Illumination Entertainment, braço de animação da Universal. O filme, além de marcar o debute do estúdio, caiu nas graças do público, gerando uma sequência em 2013 e um derivado, protagonizado pelas criaturinhas amarelas que roubaram o show nos dois primeiros filmes, Os Minions (2015). Existem estudos e palestras sobre a “fórmula do sucesso”, mas a verdade é que o público pode ser tão imprevisível quanto as marés e o fracasso de determinada obra será explicado exaustivamente, enumerando seus percalços.

A própria Illumination já viu uma de suas produções “flopar”, vide O Lorax (2012). A prata da casa, no entanto, segue sendo Gru, suas filhas e seus Minions. Para quem pegou o bonde andando, Gru (voz de Steve Carell no original) é um autointitulado mestre do crime, clamando o posto de maior vilão do mundo. Até que em sua porta, aparecem três pequenas meninas, dispostas a derreterem seu coração. Essa paternidade inesperada é o tema do primeiro filme. Na continuação, o gelo do músculo mais forte de Gru segue derretendo, e o sujeito se apaixona por Lucy (Kristen Wiig). Totalmente reabilitado, Gru abandona a vida de crime, e agora trabalha para os mocinhos. É onde o encontramos no início de Meu Malvado Favorito 3.

A trama aqui, escrita pelos mesmos Ken Daurio e Cinco Paul dos filmes anteriores, é bem simples e talvez seja a menos interessante da franquia. Se fosse uma série de TV, este seria o momento de usarmos o conhecido termo “jumping the Shark”, ou “forçar a barra” para os íntimos. Sendo uma animação mirada aos pequeninos, certamente relevamos. Aqui, Gru descobre um irmão gêmeo que nunca soube possuir – isso mesmo! O contraponto de personalidades entre os irmãos é ironicamente adereçado, através de suas aparências físicas e mais ainda pelos comportamentos. Enquanto Gru é o sósia do Tio Funério da Família Addams, Dru, com seus cabelos loiros esvoaçantes e visual clean, parece viver na terra do arco-íris.

Ao interagir com o irmão perdido, Gru deixa de exercer a dinâmica com as filhas e com os Minions, parte do charme do original. Porém, para não se tornarem totalmente obsoletos para o longa, a turminha ganha suas próprias subtramas. Assim, temos o trecho em que Lucy aprende a se tornar mãe (depois de Gru, agora é a sua vez) e outro no qual os Minions abandonam Gru e acabam presos (o momento de menos brilho aqui – acreditem, mesmo sendo os Minions). O charme cafona de Meu Malvado Favorito 3 é provido pelo chamado “vilão da semana” (termo usado em séries que mostravam o mocinho a cada episódio combatendo uma nova ameaça). O antagonista da vez é Balthazar ‘Evil’ Bratt, uma explosão alucinada e hilária, na forma de festa dos anos 1980. É ver para crer. Os baixinhos por outro lado, não pegarão as inúmeras referências direcionadas para os papais e os que já passaram dos trinta.

Bora ver o trailer e depois partiu cinema!

 

Cristina Esteche

Jornalista

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