Da Redação, com EBC
São Paulo – A Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) confirmou nesta sexta (30) o uso de armas químicas no ataque do dia 04 de abril contra a localidade síria de Khan Sheikhun, no sul da província de Idlib. A informação é da Agência EFE.
Em relatório publicado hoje, com base em provas recolhidas por uma missão de investigação, a Opaq confirma que "a população foi exposta ao gás sarin". O objetivo dessa missão foi determinar se tinham sido usadas armas químicas, mas não o responsável pelos supostos ataques.
Uma equipe da Opaq foi designada 24 horas depois do alerta sobre o ataque, mas, por motivo de segurança, não pode visitar Khan Sheikhun. O rápido deslocamento a um país vizinho permitiu à equipe participar das autópsias e recolher amostras biomédicas dos feridos, bem como entrevistar testemunhas e receber amostras do entorno ambiental.
Segundo a organização, foi utilizada metodologia rigorosa na investigação do suposto uso de armas químicas, que levou em conta os testemunhos dos entrevistados, documentos de investigação e outros registros, e as características das amostras facilitadas pelo governo sírio.
O conselho executivo da Opaq examinará o relatório, que foi enviado ao Conselho de Segurança da ONU.
O diretor-geral da Opaq, Ahmet Üzümcü, condenou com firmeza "a atrocidade", que "contradiz as normas consagradas na Convenção de Armas Químicas" e afirmou que os responsáveis por esse "horrível ataque" devem ser punidos.
O mecanismo conjunto de investigação da Opaq e da ONU foi estabelecido a partir de uma resolução do Conselho de Segurança, em agosto de 2015, com o objetivo de identificar possíveis indivíduos, entidades, grupos e governos que realizem, organizem ou promovam o uso de arma química na Síria.