Jonas Laskouski
Guarapuava – O inverno tem seus extremos. Enquanto alguns ficam mais elegantes na estação mais fria do ano, outros passam e morrem de frio. Quem vive em situação de rua, sabe bem o que é isso. Ainda mais em Guarapuava, onde os ventos são 'cortantes'. Foi pensando neles – nos moradores de rua – que as humanas Juliana Cavalheiro e Caroline Bastos criaram na página Humanos de Guarapuava do Facebook, uma campanha para arrecadar inicialmente cobertores para essas pessoas. Não decolou. Aí, elas tiveram a ideia de procurar a RedeSul de Notícias para ser parceira nessa empreitada. Foi então que nasceu a 'Quebre o Gelo, Doe um Agasalho'. O resultado e todas as ações feitas durante o período de arrecadação e entrega, você acompanhou aqui em nosso site e também nas redes sociais. Refrescamos sua memória:
- Primeira doação para a 'Quebre O Gelo, Doe um Agasalho' chega na RSN
- "Com a fome, a gente até dá um jeito, mas passar frio é triste demais"
- Mais doações (e boas!) chegam na Redação da RSN
- 'Quebre o Gelo, Doe um Agasalho', graças a vocês, está ajudando muita gente em situação de rua
- A invisibilidade que a noite revela
A campanha foi encerrada no primeiro dia do inverno, em 21 de junho, mas somente na última terça feira (04), é que os envolvidos se juntaram para sair às ruas de Guarapuava, na intenção de encontrar quem estivesse precisando de ajuda e assim, fazer as últimas entregas. Foi assim que este repórter, as meninas do Humanos e também, o Diego (no volante) e a Fernanda do sensacional Projeto Vidas por Vidas, que funciona na Casa de Apoio Nazaré, na Paróquia Santa Cruz foram a procura dos invisíveis. E nesse dia, eles estavam bem escondidos mesmo. E dessa vez, quem encontramos não quis aparecer.
A noite estava fria, bem fria e na verdade, esperávamos encontrar até mais gente. Não foi o que aconteceu, mas valeu mesmo assim. Fizemos nossa parte, incluindo aí todos que, de alguma maneira ou outra colaboraram para que as noites frias do inverno guarapuavano sejam mais amenas para essa turma toda menos favorecida. Como disse a Juliana Cavalheiro, "ajudamos todos os moradores de rua que encontramos pela cidade em um mês, e o que restou repassamos ao Projeto Vidas por Vidas. Se Deus quiser e permitir, estaremos juntos no próximo ano novamente, fazendo o bem, sempre".
Até 2018, então.