Curitiba – O Paraná vai suspender as campanhas de vacinação contra febre aftosa. O anúncio do pedido que será feito pelo secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, foi feito hoje, sábado (27).
O Paraná será o segundo Estado brasileiro e o primeiro deles com expressão em bovinocultura de corte a solicitar o reconhecimento de área livre de febre aftosa sem vacinação.
O ministro estará em Curitiba nesta segunda-feira (1), na Emater-PR. O ministro vai chegar ao meio dia, quando será finalizada a reunião extraordinária do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa), que irá avaliar os procedimentos técnicos adotados pelo governo do Paraná para promover esse avanço, que terá impactos no comércio nacional e internacional de carnes.
A solicitação, que será formalizada nessa segunda-feira (1), tem o apoio da iniciativa privada, que estará representada nas 38 entidades que compõem o Conesa. A iniciativa do Paraná acontece após mais de 40 anos de campanhas ininterruptas de vacinação, que são feitas duas vezes por ano.
Entre as lideranças que estarão apoiando a medida, estarão presentes o presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Ágide Meneguette; o presidente da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), João Paulo Koslovski; o superintendente do Ministério da Agricultura e do Abastecimento no Paraná, Daniel Gonçalves Filho; o presidente do Sindicato da Indústria de Carnes do Paraná, Péricles Salazar; o presidente do Sindicato da Indústria do Leite, Wilson Thiensen; e o presidente da Associação Nacional dos Produtores de Bovinocultura de Corte, João Carlos Fontes. Estarão presentes também os presidentes de sociedades rurais de todo o Paraná, como o presidente da Sociedade Rural do Paraná, Alexandre Kireff, e a presidente da Sociedade Rural de Maringá, Maria Iraclésia de Araújo.
Se for aceito o pedido, a suspensão das campanhas de vacinação já irá ocorrer em junho de 2010. Até lá, equipes do Ministério da Agricultura vão vistoriar o cumprimento pelo Estado das normas nacionais e internacionais estabelecidas para a sanidade agropecuária. Entre elas, uma completa infraestrutura de pessoal, veículos, equipamentos que possam dar garantias e sustentação a essa nova realidade sanitária.
O secretário Valter Bianchini vai comunicar ao ministro da Agricultura que as campanhas de vacinação serão substituídas por um sistema de vigilância e controle de trânsito de animais eficaz. Isso só se faz com infraestrutura completa e adequada. Atualmente apenas Santa Catarina é área livre de febre aftosa sem vacinação.