22/08/2023


Brasil Geral

Foto da Hora: Esse Wladimir Costa, hein

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Conhecido pela discussões e pela tatuagem com o nome do presidente Michel Temer, o deputado Wladimir Costa (SD-PA) se envolveu em mais uma controvérsia nesta quarta (02).

Imagens feitas pelo fotógrafo Lula Marques, da Agência PT, mostram uma troca de mensagens do parlamentar durante a sessão em que a Câmara dos Deputados arquivou a denúncia de corrupção contra Temer.

No diálogo com uma mulher, Wladimir escreve: "Mostra a tua bunda, mostra, afinal não são suas profissões que a destacam como mulher. É sua bunda. Vai lá, põe aí, garota".

 

 

Procurada, a assessoria do deputado afirmou que não iria comentar o assunto.

Na tribuna, o parlamentar disse que Michel Temer é um homem decente que está guiando políticas capazes de fazer o País voltar a empregar. Na avaliação do deputado, a oposição não tem moral para falar dos integrantes da base aliada. Ele disse ainda que pesquisas sobre a impopularidade do presidente "não condizem com a verdade".

"Vocês são imorais, incompetentes, falso moralistas e acham que vão colocar a opinião pública brasileira contra a gente. (…) Quem é Temer mostra a cara e até tatua o nome."

O deputado recebeu R$ 6,9 milhões em emendas parlamentares de janeiro deste ano até o dia 24 de julho, segundo levantamento da ong Contas Abertas. O montante é quase 70% do total recebido em 2016: R$ 10,1 milhões.

A tatuagem mencionada por Costa com um bandeira do Brasil foi exibida por ele no começo desta semana. O deputado diz ter gastado R$ 1.200, mas alguns tatuadores disseram que o desenho é temporário.

 

Além do discurso inflamado, Costa protagonizou tumulto no plenário, que começou porque ele estava com dois bonecos infláveis do ex-presidente Lula como presidiário e batia um contra o outro durante as falas dos oposicionistas.

Na votação do impeachment de Dilma Rousseff, o deputado também fez questão de chamar atenção. Após dizer que "Lula e Dilma fazem é um verdadeiro tiro de morte no coração, na alma do povo brasileiro" ele disparou uma pistola de confetes coloridos.

Durante o processo de cassação de Eduardo Cunha, o parlamentar fez parte da chamada "tropa de choque" e só mudou de voto – a favor da cassação – quando a derrota do então presidente da Câmara era inevitável.

Em julho de 2016, teve seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Pará por suspeita do uso de caixa dois na sua eleição à Câmara e por não ter prestado conta de gastos de campanha que somam R$ 410 mil. Ele recorreu da sentença.

Cristina Esteche

Jornalista

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