Cristina Esteche
Ponta Grossa – Há dez anos, Ponta Grossa conta com o Convention & Visitors Bureau, uma organização que não visa lucro e que atua como suporte para o desenvolvimento turístico do município e da região dos Campos Gerais.
Presidido pela empresária Wagnilda Alves Minasi [confira abaixo a entrevista em vídeo], do setor de promoção de eventos, a organização é o resultado da união de empresas da região dos Campos Gerais, focada no marketing das potencialidades turísticas nos mais diversos setores, com a finalidade de promover a região e atrair turistas e eventos.
De acordo com Wagnilda, a entidade não possui fins lucrativos, é apartidária e mantida pela iniciativa privada pertencente ao trade turístico local. Assim, oferece as melhores opções de contratação de serviços, hospedagem, compras, gastronomia e atrativos turísticos na cidade e região.
MODELO
Esse modelo de organização surgiu em Detroit, nos Estados Unidos, no fim do século XIX, devido ao desenvolvimento da economia e por ser a cidade, uma grande potência turística.
No começo do ano de 1896, homens de negócios de diferentes localidades visitavam Detroit para participar de convenções, congresso e reuniões de trabalho. Os hotéis, restaurantes, táxis, bares e boates ficavam lotados. A cidade começava a demonstrar vocação para o turismo de negócio.
Em 1896, o jornalista Milton Carmichael começou a trabalhar no The Detroit Journal, um dos mais importantes periódicos da época e escreveu uma matéria, que é considerada o primeiro passo para a criação do primeiro Convention Bureau. O pensamento de Carmichael continha o embrião do associativismo no setor de turismo, ao promover as vantagens de se colocar o bem comum acima do bem individual, ou seja, incentivava o associativismo em favor da comunidade.
A iniciativa deu certo e hoje esse modelo é repicado nos municípios que desejam o desenvolvimento turístico e, consequentemente, econômico, pelo viés turístico.