22/08/2023
Geral Guarapuava

Após seis anos, ex-gerente da Unicred volta para a cadeia

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Da Redação

Guarapuava – A Polícia Civil de Guarapuava cumpriu mandado de prisão expedido pela 1ª Vara Criminal contra Patrícia Elias e Julio Cesar da Silva Ternopolski. Este último, porém, não foi encontrado. Segundo a Polícia Civil, Patrícia foi presa nessa quarta (30), por volta das 15h10, e até por volta das 16h36 estava numa das celas da Cadeia Pública de Guarapuava. Segundo informações de pessoas próximas à família, Patrícia está deixando a cadeia com o uso de tornozeleira eletrônica, até o final da tarde desta quinta. 

No acórdão que julgou o recurso de apelação interposto pelas partes do Tribunal de Justiça do Paraná e pelo Ministério Público, além do mandado de prisão, ficou determinada uma indenização no valor de R$ 1 milhão, que ambos terão que pagar.

Essa medida se deu em decorrência do recente posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF), o qual entende que “a execução provisória de acórdão penal condenatório proferido em grau de apelação, ainda que sujeito a recurso especial ou extraordinário, não compromete o princípio constitucional da presunção de inocência afirmado pelo artigo 5º, inciso LVII da Constituição Federal”.

Assevera-se que a condenação das partes ainda não é definitiva, pois é pendente de julgamento de recursos extraordinário e especial, junto ao STJ e, posteriormente, ao STF. 

RELEMBRE O CASO

Patrícia Elias e Julio Ternopolski foram denunciados pelo Ministério Público em 2011 por terem desviado recursos de cerca de R$ 2 milhões de 16 contas de associados da cooperativa Unicred do Iguaçu, de Guarapuava. Condenados, devem cumprir pena de cinco anos de reclusão em regime semiaberto.  

Patrícia era a gerente e Julio, o tesoureiro da cooperativa de crédito. As operações fraudulentas aconteceram entre 26 de novembro de 2004 e 23 de dezembro de 2009, período em que os condenados disponibilizavam extratos fraudulentos, que suprimiam as retiradas de valores ilícitos para manter em erro os correntistas quanto às suas situações financeiras perante a Unicred. O esquema criminoso perdurou por mais de cinco anos, em razão da confiança que os correntistas, ora vítimas, depositavam nos denunciados, bem como em razão do uso de extratos e saldos falsificados pelos próprios denunciados, conforme indicado pelo Laudo de Exame de Equipamentos Eletrônicos

Os dois ex-funcionários da Unicred despertaram suspeitas dos próprios colegas de trabalho, devido à mudança no padrão econômico dos dois.

Pouco tempo depois que o caso veio à tona a Unicred reembolsou os associados que tiveram recursos desviados.

 

Cristina Esteche

Jornalista

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