Posso estar enganada, mas a julgar pelas viagens oficiais, sempre ao lado do deputado e líder máximo do PPS no Paraná, Rubens Bueno, o prefeito de Guarapuava, Cesar Filho está na dianteira, caso se mantenha a prévia dentro do partido. Ele, Cesar Filho, disputará a vaga com o prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel.
Cesar Filho está sendo presença fiel nos encontros que o partido vem promovendo em várias regiões paranaenses. Não faltou em nenhuma do projeto “Pé na Estrada”. Já Rangel, em entrevista à RSN, disse que foi apenas em Londrina e Maringá. Se o contato presencial com prefeitos, vices, vereadores e outros delegados do PPS tiverem peso pesado, o prefeito de Guarapuava leva vantagem, no momento. Junto com Rubens Bueno, esteve nessa quarta em Brasília, para visita protocolar – como ele mesmo definiu – ao presidente da república, em exercício, Rodrigo Maia. Também esteve em São Paulo palestrando sobre a parceria público-privada na iluminação pública, em fórum sobre o tema.
Na agenda de Rangel, nos últimos dias, consta uma viagem à Coreia de Sul, em busca de investimentos para PG, e outra em Brasília, nessa quinta (30).
Os dois, entretanto, ainda tem mais 30 dias para, literalmente, colocarem o pé na estrada. Setembro é o mês de encerramento das viagens da comitiva do PPS pelo Paraná. Ponta Grossa encerra com o encontro no dia 30, antes, porém, Guarapuava sedia a festa política no dia 29 e Cascavel será sede no dia 28. Depois disso, fica a critério do próprio PPS.
Pensando lá na frente, o escolhido terá que renunciar ao cargo na sua Prefeitura em abril de 2018. Esse processo é consequente e irreversível. Em Guarapuava, a administração passaria para as mãos do secretário de Agricultura e Turismo, Itacir Vezzaro (PDT). Em Ponta Grossa, quem assumiria seria a presidente da Fundação Municipal de Turismo e vice-prefeita, Elizabeth Schmidt (PSB).
Olhando um pouquinho além, uma “saia justa” está à vista. Vezzaro pertence ao PDT, partido, por ora, ao qual está filiado o ex-senador Osmar Dias, pré-candidato ao Governo do Paraná. No caso de Rangel, o seu irmão Sandro Alex, deputado federal, é filiado ao PSD, que o deputado Ratinho Junior, que também pleiteia uma vaga na corrida ao Palácio Iguaçu.
Rangel disse à RSN, que ele e seu irmão, são amigos e parceiros, mas desvia o assunto em relação a um possível conflito político, no caso do seu nome ser o escolhido pelo PPS. Sandro Alex faria campanha contra o irmão? A não ser que haja a possibilidade, consolidada uma possível candidatura, o PPS indique Rangel na vice de Ratinho Junior. No caso de Cesar Filho e Vezzaro, a opção seria compor com Osmar Dias. Resta ainda a hipótese da troca de legenda.
Como a política é a arte do impossível, tudo, ou nada, pode acontecer. Vamos aguardar os desdobramentos, observar os fatos. Mas que Cesar Filho está empolgado, ah… isso está!