Promotora vai pedir laudos do Bombeiro e do CREA para avaliar piso

Guarapuava – A promotora Bianca Nascimento Malachine (foto), dos Direitos e Defesa do Consumidor, solicitou oficialmente que a Secretaria Municipal de Esportes não proceda nenhuma reforma no piso da quadra onde aconteceu o acidente que matou o jogador Robson Costa.

O Ministério Público quer que antes de qualquer reparo na quadra o Corpo de Bombeiros faça um laudo pericial para ver a qualidade do material utilizado; se a quadra estava em condições de uso e se houve vistoria ou não antes do jogo.

"Queremos saber se houve eventual descumprimento do Estatuto do Torcedor ou não, se houve vistoria na quadra. Se alguém a fez foi uma perícia inadequada", observa a promotora. Uma lasca do piso se soltou e feriu fatalmente o jogador durante partida pela Copa Guarapuava 200 anos na noite de sábado (6).

Dois anos antes, um menino de 11 anos também foi ferido numa das pernas por uma lasca. Há informações de atletas e de profissionais de educação física que outras duas pessoas já tinham sido feridos por ferpas do piso.

Outra iniciativa do Ministério Público foi solicitar informações técnicas à delegada da Polícia Civil, Maria Niza Nanni, responsável pelas investigações, como por exemplo, autos do levantamento do local, fotos,

entre outras provas.

O próximo passo, de acordo com a promotora Bianca, será solicitar um avaliação técnica por parte do CREA (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura) que deverá analisar se o material utilizado na quadra é o ideal para jogos.

"Se for necessário, como prevenção, podemos impedir que outros jogos sejam realizados no ginásio até que a quadra seja refeita", anuncia a promotora.

Ela disse também que os promotores da área criminal estão atentos ao caso, embora o inquérito ainda não tenha sido distribuído. Os promotores que atuam na área criminal são: Mauro Dobrowolski, Claudio Cortesia e Marcelo Adolfo Rodrigues.

O MP criminal informou à Rede Sul de Notícias que até o momento não há como imputar responsabilidades a ninguém e que vai aguardar o resultado da perícia para então se pronunciar.

Além da Defesa do Consumidor e da área criminal pode haver tramitação na área cível, caso a família de Robson entre com ação pedindo indenização pela morte do atleta.