Da Redação
Guarapuava – O presidente da Câmara de Vereadores de Guarapuava, João do Napoleão, é réu em uma ação criminal movida pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) e aceita pela Justiça nessa segunda feira (25). Além de Napoleão, também foi denunciado um assessor do Legislativo, por desvio de dinheiro público. A decisão é da juíza Helênika Valente de Souza Pinto, da 1ª Vara Criminal de Guarapuava. A denúncia trata de irregularidades na nomeação de assessores na Câmara, em 2015.
No despacho, a juíza considerou que a denúncia é clara e descreve com detalhes as possíveis atividades criminosas praticadas pelo presidente da Câmara e pelo assessor denunciado.
A juíza ainda rejeitou os argumentos de defesa das partes, alegando que não existiam causas suficientes para absolvição dos envolvidos.
A denúncia, oferecida pelo Ministério Público (MP-PR), aponta que Napoleão nomeou um diretor de gestão legislativa, que não realizava nenhuma função na diretoria de gestão da Câmara, mas atuava como assessor pessoal, beneficiando exclusivamente o vereador.
Os valores que o assessor recebeu além do que deveria, em razão da prática do crime, causou prejuízo estimado de mais de R$ 84 mil para a Câmara, segundo o Ministério Público.
Para chegar aos valores, os promotores compararam os salários recebidos pelo diretor nomeado por João Napoleão e por uma assessora de gabinete da presidência.
O diretor recebia R$ 7.183, entre os meses de janeiro e abril de 2015; depois passou a receber R$ 7.782. Enquanto isso, a assessora de gabinete recebia, no mesmo período, R$ 3.070, com aumento para R$ 3.336 – segundo a denúncia, a diferença é de 57% a mais entre os salários para os quais o diretor foi nomeado.
A denúncia ainda afirma que o esquema durou até a deflagração da Operação Fantasma II, contra crimes dentro do Legislativo de Guarapuava.