22/08/2023
Guarapuava

Movimento quer a volta de As Cavalhadas, em Guarapuava

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Da Redação

Guarapuava – A partir da noite desta quinta feira (28) um movimento de tradicionalistas e de pessoas que integraram As Cavalhadas, em Guarapuava, vai trabalhar para o retorno do espetáculo épico no município.

O primeiro, de uma série de encontros, acontece hoje, às 20h, no Restaurante Guairacá. O jantar é por adesão.

A ideia da retomada de As Cavalhadas nasce dos ex-prefeitos Nivaldo Kruger e Vitor Hugo Burko, responsáveis pela retomada do espetáculo. De acordo com Kruger, a última tinha sido realizada em 1937, e retomada décadas depois, em 1968, e acontecia durante as festas da Padroeira de Guarapuava, Nossa Senhora de Belém, em 02 de fevereiro.

Em 1968, o guarapuavano pode assistir o espetáculo marcado pela luta entre os exércitos mouros e cristãos, no Parque de Exposições Lacerda Werneck. “Eu tive uma conversa como Nino Ribas [já falecido], que tinha corrido As Cavalhadas e tinha todas as evoluções na cabeça. Se eu não tivesse pego o Nino Ribas nunca mais recuperaríamos esse espetáculo. Ele foi a nossa base”, diz o ex-prefeito.

A partir de então, quando era prefeito de Guarapuava, Nivaldo e o filho Cesar Kruger, falecido há pouco tempo, remontaram o espetáculo outras quatro vezes, incluindo uma apresentação, em 2006, na Conferência de Biodiversidade Biológica e Biosegurança, da Organização das Nações Unidas, em Curitiba. Nesse ano, a tradição ibérica, trazida de Portugal, já tinha sido reativada pelo então prefeito Vitor Hugo Burko, com a produção e direção da Companhia de Teatro Arte e Manha, ganhando uma roupagem de espetáculo/show, inclusive com a participação de ator global.

Considerado como a mais importante manifestação cultural do município, o espetáculo a céu aberto conta com a participação ativa de centenas de pessoas.

“Ou faz agora, ou nunca mais”, sentencia Nivaldo Kruger. Segundo o ex-prefeito, quem não conhece não avalia a profundidade da importância do espetáculo que teve origem “lá na Terra Mãe: Portugal. A nossa é a única que tem sentido histórico”, diz.

 

Cristina Esteche

Jornalista

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