22/08/2023
Agronegócio

”Lacerda Werneck” sedia neste domingo a Festa do Borrego de Dois Fogos

imagem-14303

Guarapuava – O fogo será ateado logo nas primeiras horas da amanhã obedecendo um ritual que começa com o abate que resulta em 500 quilos de carne, seguido pelo preparo do tempero. A regra é que a carne fique de molho por 10 horas, desde a noite deste sábado (13) dia anterior, seja colocada no fogo pela manhã e seja servida às 12h30min deste domingo (14).
“Faço um tempero sem ervas porque muitas pessoas não gostam”, diz Juraci Correia de Lima, um gaúcho da região de São Borja, que veio para Guarapuava em 1973. Militar aposentado e conhecedor da lides com ovelhas desde pequenino, ele se transformou no assador oficial da Festa do Borrego de Dois Fogos que acontece hoje domingo (14)  no Parque de Exposições Lacerda Werneck. A ele coube também preparar a carne que foi servida aos 300 participantes da Festa Nacional do Milho ontem, sábado, no Pahy Centro de Eventos. Para o almoço deste domingo, dia da festa, mil convites foram colocados à venda pelo valor de R$ 20,00 cada convite.
A festa conta também com exposição de animais. No sábado teve baile baile no Parque Lacerda Werneck com Celso Costa e Banda. 
No domingo, além do almoço com o prato típico, haverá provas de Freio de Ouro Eqüino Latina, a partir das 8 horas.

MAIOR PRODUTOR DO PARANÁ 

Maior produtor de ovinos do Paraná com um rebanho de 30 mil animais da raças Ile de France, Texel (predominantes), Hampshire Dow, Sulfok, Santa Inês, entre outras, os produtores associados à Ovinopar tentam “emplacar” a carne de carneio assado em meio a duas carreiras de fogo como o prato típico de Guarapuava.
Motivos para isso é o que não faltam. Além do produto em abundância, a Cooperaliança, cooperativa formada por produtores de bovinos e ovinos de Guarapuava é quem compra a produção dos 200 associados à Ovinopar, para o abate e a colocação no mercado. “A Ovinopar também produção matrizes para venda”, informa o presidente da entidade, Conrado Ernesto Rickli (foto).
De acordo com o agropecuarista, o quilo da ovelha viva custa R$ 3,00. Após o abate, a carne é comercializada entre R$ 9 e R$ 12 por quilo. “O preço ainda não está no valor ideal que seria entre R$ 11 e R$ 12 por quilo”, reclama Rickli.
Outra atividade explorada em Guarapuava é a lã. Mas este produto é vendido “in natura” pelos produtores a compradores que vão até o campo e fazem a tosquia. “A produção de lá em Guarapuava é em média 15 toneladas por ano”, diz Rickli. O produto é importado para o Uruguai e a Argentina.

Cristina Esteche

Jornalista

Relacionadas

A missão da RSN é produzir informações e análises jornalísticas com credibilidade, transparência, qualidade e rapidez, seguindo princípios editoriais de independência, senso crítico, pluralismo e apartidarismo. Além disso, busca contribuir para fortalecer a democracia e conscientizar a cidadania.