Da Redação, com a colaboração do jornalista Anderson Costa
Guarapuava – Semanalmente, todas as quartas, um grupo se reúne para estudar ciência política, subsídios de fé e política. A turma de 25 pessoas integra a Escola Diocesana de Fé e Polícita de Guarapuava (Esfepol), nas dependências do Edifício Nossa Senhora de Belém, às 19 horas. Desde 2001, quando o curso de formação foi criado, por ali já passaram mais de 400 pessoas.
Muito mais do que um curso de formação, a prática evidencia a importância da intervenção da Esfepol na sociedade guarapuavana.
Em um processo de ação concreta, a Escola local tem marcado posições sobre ações políticas do Executivo Municipal e Legislativo Municipal. A criação do Conselho Popular Municipal há alguns anos resultou na formação do que é hoje o Conselho Popular Movimento Moraliza Guarapuava em uma importante célula de uma política fiscalizatória com bases jurídicas em parceria com várias outras entidades locais visando pontualmente tocar na questão do repasse orçamentário do Executivo para o Legislativo. Em uma extensa campanha de conscientização o movimento conseguiu reunir 15 mil assinaturas de cidadãos locais em apoio à diminuição do repasse do Executivo ao Legislativo que, se colocado em prática, pode proporcionar uma importante economia para os cofres públicos. O Conselho aguarda manifestação do prefeito Cesar Silvestri Filho para continuar sua ação.
O atual coordenador do Conselho Popular Moraliza Guarapuava e ex- Coordenador Geral da Esfepol , José Lima da Silva, membro efetivo do Conselho da Esfepol, está otimista com as ações efetivas do Movimento. Assim, a Esfepol trabalha em duas frentes claras: um processo de formação de lideranças locais e a possiblidade de gestos concretos de ação política interventiva. Mensalmente o conselho da Esfepol se reúne para avaliar as ações da Escola Diocesana e propor novos encaminhamentos. Sendo coordenada pelo professor João Paulo da Silva, o Conselho conta com outros oito conselheiros. A parceria com a Unicentro continua sólida tendo o professor Claudio Andrade como coordenador das atividades docentes ao lado do Padre Itamar Turko.
A IDEIA
A ideia da Escola Diocesana foi do Bispo Dom Antonio Wagner da Silva, que articulou um espaço para reflexão sobre a participação de leigos na atividade política de Guarapuava. Afilhada ao Movimento Nacional de Fé e Política, braço da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília, o movimento visa o engajamento de leigos na cena política. “O objetivo de alimentar a dimensão ética e espiritual que deve animar a atividade política, não propõe diretrizes para ação política dos cristãos, nem se comporta como se fosse uma tendência político-partidária, mas que luta pela superação do capitalismo por meio da construção de um sistema sócio-econômico solidário e respeitoso da vida do Planeta”.
Desde sua criação em Guarapuava, o movimento se propõe ecumênico e suprapartidário. Notabilizou-se, sobretudo pelos encontros de formação, debates e interlocuções , momentos importantes de troca de experiências e síntese animadora dos caminhos a seguir.
De acordo com a Escola, todo ano ao menos uma liderança local participa do Curso de Especialização realizado em Brasília, em parceria com a PUC do Rio de Janeiro, para representar a Escola Diocesana e trazer subsídios de formação para a realidade local.
OUTRAS ESCOLAS
A Esfepol de Guarapuava está colaborando com a formação de novas Escolas. Recentemente lideranças locais fomentaram através de uma palestra introdutória a Escola de Fé e Política em Ponta Grossa com bastante êxito. Está em processo de formação a Escola de Fé e Política de Pinhão e Prudentópolis, vinculadas à Escola de Guarapuava.